Caso Mari Ferrer: sentença é de estupro culposo e advogado humilha a vítima

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Pela primeira vez na Justiça brasileira, foi considerado que o acusado cometeu um estupro sem intenção. Sentença causou revolta nas redes sociais.

Em 2018, Mariana Ferrer, que tinha 21 anos na época, denunciou ter sido vítima de estupro no Café de La Music, de Florianópolis (SC), por André de Camargo Aranha. Após a denúncia a influencer chegou  a perder sua conta no Instagram . Desde então ela tem postado em suas redes atualizações do caso e recebido  apoio de milhares de internautas que pedem por justiça .

Apesar da forte exposição midiática do caso, a sentença do caso foi favorável ao acusado. Segundo reportagem publicada no site The Intercept, o Ministério Público considerou que houve um estupro culposo, quando não há a intenção de estuprar.

Essa é uma decisão sem precedentes no Brasil. Inclusive, ela vai contra ao que à investigação do próprio MP, que identificava um caso de estupro de vulnerável, por Mariana Ferrer não estar em condições de consentir uma relação sexual na noite em que teria acontecido o crime. A influencer alega ter sido drogada e ter sofrido com um lapso de memória.

Essa é uma decisão sem precedentes no Brasil. Inclusive, ela vai contra ao que à investigação do próprio MP, que identificava um caso de estupro de vulnerável, por Mariana Ferrer não estar em condições de consentir uma relação sexual na noite em que teria acontecido o crime. A influencer alega ter sido drogada e ter sofrido com um lapso de memória.

O Intercept também teve acesso aos vídeos da audiência com o juiz, que aconteceu por chamada de vídeo. Nas imagens vazadas na internet, o advogado de defesa de Aranha, Cláudio Gastão da Rosa Filho, mostra fotos sensuais de Mariana , feitas quando ela trabalhava como modelo. Ele mostrou as fotografias para argumentar que não houve um estupro e que ela mente quando alega que era virgem até a noite em que o estupro ocorreu.

Gastão fala que as fotos de Mariana são “chupando o dedinho” e em “posições ginecológicas”. “Graças a Deus não tenho uma filha do seu nível. Também peço a Deus que meu filho não encontre uma mulher que nem você”, diz o advogado.

Em um momento da audiência, Mariana começa a chorar e Gastão segue atacando a influencer. “Não dá para dar seu showzinho. Seu showzinho você vai dar no Instagram depois, para ganhar mais seguidores. Tu vive disso”, ele falou e argumenta que a influencer fala sobre a acusação de estupro nas redes sociais para ganhar dinheiro com isso.

“Por que você apaga essas fotos, Mariana? E só aparece com essa sua carinha chorando, só falta uma auréola na cabeça. Não venha com esse seu choro falso, dissimulado e essa lágrima de crocodilo”, Gastão continua. Quando Mariana começa a chorar ainda mais, o promotor diz que ela pode pausar a audiência, para se recompor e tomar água, mas a modelo só pediu por respeito.

“Eu gostaria de respeito, doutor. Excelentíssimo, eu estou implorando por respeito. Nem os acusados, nem os assassinos são tratados da forma como eu estou sendo tratada. Pelo amor de Deus, o que é isso? Eu sou uma pessoa ilibada, eu nunca cometi crime contra ninguém”, fala Mariana

Relembre o caso

Em dezembro de 2018, acontecia a festa Music Sunset do beach club Café de la Musique, em Jurerê Internacional, praia de Florianópolis frequentada por ricos e famosos. Na ocasião, Mariana trabalhava como promotora do evento, divulgando a festa nas redes sociais.

A influencer alega ter sido drogada e estuprada naquela noite. Foi vazado um vídeo na internet de Mariana subindo as escadas, seguida por André de Camargo Aranha, em direção a um dos camarins. Seis minutos depois, os dois descem pelo mesmo caminho. A polícia solicitou as imagens das câmeras de segurança meses depois do início das investigações, mas a balada alegou que os vídeos são excluídos quatro dias após as gravações. Mesmo assim, o vídeo das escadas foi parar nas redes sociais.

Mariana era virgem até então, o que foi constatado pela perícia. Ela acredita ter sido drogada e diz ter sofrido um lapso de memória entre os momentos em que uma amiga a puxa para o camarote e em que vai ao camarim com Aranha. Inicialemnte, o promotor Alexandre Piazza indiciou o empresário por estupro de vulnerável, quando vítima está sob efeito de álcool ou de algum entorpecente. Ele também pediu a prisão preventiva, que foi negada em segunda instância.

Fonte Ig

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