A “Festa das Delações e dos Cifrões”

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Esses “tempos bicudos de delações premiadas” sobre altas quantias que teriam sido recebidas “até em pacotes” pelo grupo responsável por uma conhecida emissora de TV, – segundo a delação do “doleiro dos doleiros”, Dario Messer, – nos lembram a música que vem sendo repetida a cada fim de ano por essa mesma emissora:

“Hoje a festa é sua, / hoje a festa é nossa, / é de quem quiser, / quem vier”, diz a letra, com total liberalidade, enquanto somos levados a ver uma “chuva de cifrões brilhantes, que se espalham por toda a parte”.
Até porque o doleiro-delator sugere a existência de uma “festa-farra e tanto”, ano após ano, o que nos faz imaginar uma “nova e dourada logomarca” do grupo, inspirada, é claro, na conveniência das conveniências que vem movendo o nosso mundo: “acumular poder”. Custe o que custar. De preferência, em dólares e em espécie.

Basta ver que, no seu acordo de delação premiada, fechado com a Lava Jato, o doleiro se compromete, – por não ter outra opção, – a devolver nada menos do que o valor de R$1 bilhão do seu patrimônio.

Perguntamos: E quanto aos delatados, que se dizem “inocentes”, embora o doleiro garanta que eles receberam e acumularam “poderosos cifrões e mais cifrões”, que, aliás, não caberiam em qualquer “Caldeirão do Huck”, por maior que fosse?

Que quantia eles seriam – ou serão – obrigados a devolver, a bem do resgate da moralização e da melhor imagem deste nosso Brasil, em meio à encenação após encenação do seu televisivo e opaco “Show da Vida”, que nada tem de “Fantástico” para ser festejado? Fonte . J cidade

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