Aeroporto é atingido por lava na República Democrática do Congo

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Autoridades locais anunciaram que um rio de lava procedente do vulcão Nyiragongo, no leste da República Democrática do Congo, atingiu o aeroporto da cidade de Goma no começo deste domingo (horário local).

“A situação está piorando”, alertou um oficial do Parque Nacional Virunga, onde é situado o vulcão, em mensagem a funcionários, da qual a AFP recebeu uma cópia. “Além do rio de lava na direção nordeste (Kibumba/Ruanda), outro rio desce sobre a cidade. Chegou agora ao aeroporto e deve descer até o Lago Kivu”, detalhou.

“A erupção do Nyiragongo é semelhante à de 2002”, acrescentou o oficial, pedindo a todos que moram perto do aeroporto que deixem a região imediatamente. Ele assinalou que, no momento, “os outros bairros da cidade não correm perigo” e não devem ser alcançados pela lava.

Milhares de pessoas já haviam deixado a cidade antes mesmo de o Monte Nyiragongo começar a lançar uma fumaça vermelha no céu noturno. Autoridades ativaram um plano de abandono no fim da noite.

A última erupção do Nyiragongo havia sido em 17 de janeiro de 2002 e causou a morte de mais de 100 pessoas. O fenômeno cobriu de lava quase toda a parte leste de Goma, incluindo metade da pista de pouso do aeroporto.

Goma fica na face sul do vulcão e tem vista para o Lago Kivu. A região de Goma, situada na província de Kivu do Norte, fronteira com Ruanda e Uganda, tem seis vulcões, todos com altura superior a 3.000 metros.

Mais cedo, o governo havia ordenado que a população deixasse a cidade. “Foi ativado o plano de esvaziamento da cidade”, anunciou no Twitter o ministro das Comunicações, Patrick Muyaya. “O governo estuda as medidas urgentes que deve tomar a partir de agora.”

A decisão foi anunciada após uma reunião de emergência do governo sobre a atividade vulcânica em Goma. O Nyiragongo entrou em erupção na noite de sábado e um rio de lava descia de sua cratera rumo ao leste, na direção da fronteira com Ruanda.

A atividade repentina assustou a população. Milhares de pessoas fugiram do posto fronteiriço para o sul da cidade, e outras para o oeste, rumo à região de Masisi. “Há muita gente na estrada, muitos carros”, descreveu um morador, que levava a família de carro para a localidade de Sake, pela estrada de Masisi. “Tem crianças, mulheres e idosos que vão caminhando, e com a chuva é complicado.”

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