delator Edson Torres afirmou que o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, ainda quando era juiz, já fazia parte de um esquema de corrupção para receber dinheiro e ter “conforto” e segurança.
Após fechar acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), Torres afirmou que, logo após a Operação Lava Jato avançar sobre o grupo do ex-governador Sergio Cabral, os empresários começaram a se articular para fazer um novo esquema de corrupção e a procurar novos rostos para voltar ao poder. Foi assim que chegaram a Witzel, ainda em 2017.
Conforme a delação, várias reuniões, ficou acertado entre Torres e o presidente do PSC e “padrinho” político do governador afastado, Pastor Everaldo, que Witzel receberia R$ 980 mil em cinco parcelas, para ter “conforto” e “segurança”, já que seria obrigado a largar o cargo e o salário de juiz federal para se candidatar.
Após a eleição de Witzel, foi criada uma “caixinha da propina” na Secretaria de Saúde, com a cobrança de 3% a 7% dos totais dos contratos fechados. O dinheiro conseguido era dividido entre Edson Torres, o ex-secretário de Saúde Edmar Santos, o doleiro Victor Hugo Cavalcante e 40% do lucro das operações ilegais eram “rachados” entre Witzel e Everaldo.