Brasileira relata vida na Nova Zelândia: “Sem distanciamento, sem máscara. Vida normal”

0

181625692_152740523523216_5277317179101899559_n_1 Brasileira relata vida na Nova Zelândia: “Sem distanciamento, sem máscara. Vida normal”Marina Petrolli (Foto 1: Arquivo Pessoal); Marina Petrolli e a amiga no show da banda australiana Six60 (Foto 2: Arquivo pessoal)

Marina Petrolli é natural de São Caetano do Sul, em São Paulo, mas há 4 anos vive em Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia. A coordenadora de marketing de 32 anos conversou com Marie Claire e relatou como tem sido a vida no país desde o início da pandemia da covid-19. Ela contou que até sente dificuldade em descrever a sensação de ter a “vida normal” de volta, uma vez que o país ficou apenas um mês e meio em isolamento. “Estou pensando aqui. É meio difícil falar porque a gente teve 6 semanas de lockdown, nos meses de março e abril do ano passado. Ficou tudo fechado. Todo mundo em casa, só saía pra dar uma volta na rua mesmo, e a recomendação era estar sempre a um metro e meio das pessoas que não moram comigo”, disse.

A brasileira contou que as medidas de segurança para conter o vírus eram colocadas em prática quando um caso era detectado na cidade. “Desde então, a vida está normal. Teve um ou outro caso na comunidade, colocando a gente no nível 3 de isolamento (somente serviços essenciais podiam permanecer abertos). Eu continuei trabalhando normalmente. Os eventos só poderiam ter até 50 pessoas para evitar que o vírus se espalhasse”, disse.

Marina conta que a vida dos moradores de Auckland está normal e que nada a tem impedido de frequentar os locais onde gosta de se divertir. “Eu tenho ido a bares, restaurantes e eventos… Tudo normal, sem usar máscara ou nada. A única recomendação é usar o Tracer App, um aplicativo criado pelo governo que gera um QR code para cada estabelecimento. Então, toda vez que saio, preciso escanear esse QR code e fica registrado que eu estive lá. Se alguém contaminado estiver no mesmo lugar, eles entram em contato comigo e eu preciso ficar duas semanas em quarentena”.

Ela comemorou experiência de ir ao primeiro show realizado desde o início da pandemia. A banda neozelandesa Six60 realizou uma apresentação no estádio Eden Park. Na ocasião, cinquenta mil pessoas estiveram no local. “Semana passada eu fui em um show sem distanciamento, sem máscara. Vida normal. Mas é difícil falar, porque aqui a gente não sofreu muito com o vírus, sempre tivemos vida normal comparado com o Brasil ou outros países”, frisou. “Eu brigo muito com a minha família que está no Brasil. Peço para ficarem em casa, e eles respondem que é fácil falar, porque só fiquei por seis semanas e foi isso. Mas é um sentimento estranho, até de culpa. Quando eu posto algo no Facebook ou no Instagram, sei que meus amigos e minha família não estão tendo acesso ainda”, lamentou.

Apesar disso, ela tem esperança de ver o Brasil na mesma situação que a Nova Zelândia em breve. “Torço muito para que as coisas melhorem o mais rápido possível, porque não posso ir para o Brasil, e quero muito ver meus pais, abraçá-los novamente.”

Marie Claire

Artigo anteriorOperação do MP prende marido de prefeita por esquema de desvio de dinheiro público
Próximo artigoVÍDEOS: Chove mais “dentro” do que fora no aeroporto de São Gonçalo do Amarante

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui