Casa de luxo, avaliada em R$ 4 milhões, é confiscada pela PF em operação no DF contra tráfico de drogas em aviões da FAB

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up-casa-lagosul-9332-02022021-frame-500 Casa de luxo, avaliada em R$ 4 milhões, é confiscada pela PF em operação no DF contra tráfico de drogas em aviões da FABFoto: PCDF/Divulgação

Uma casa avaliada em R$ 4 milhões foi alvo de sequestro judicial, a pedido da Justiça Federal de Brasília, durante uma operação da Polícia Federal que investiga o tráfico internacional de drogas por meio de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e lavagem de dinheiro.

O imóvel de luxo, localizado no Lago Sul – área nobre da capital federal (veja vídeo AQUI) – foi confiscado na manhã desta terça-feira (2). As imagens mostram a área externa da residência, onde há duas piscinas e, pelo menos, dois pavimentos ocupados.

A suspeita é de que a quadrilha usava imóveis para lavar dinheiro obtido com o esquema de tráfico de entorpecentes. Segundo a PF, a casa confiscada pertence a um dos alvos. O G1 tenta confirmar a identidade dele. Não houve prisões em flagrante.

A operação Quinta Coluna cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados que restringem a comunicação dos investigados e a saída deles do Distrito Federal, além do sequestro de imóveis e veículos. O balanço não havia sido divulgado até a publicação desta reportagem.

Tráfico de drogas

A investigação começou em 2019, quando um sargento da FAB foi preso na cidade de Sevilha, na Espanha, por transportar 39 quilos de cocaína na bagagem de mão.

Ao todo, dez pessoas são investigadas por participação no esquema. Entre elas, a mulher de Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha, além de um tenente-coronel e mais alguns tenentes da FAB. A operação também investiga três empresas.

De acordo com a PF, os alvos se associaram, “de forma estável e permanente, para a prática do crime de tráfico ilícito de drogas”.

Durante a operação desta terça-feira, os agentes apreenderam drogas na casa de um dos suspeitos. O G1 tenta confirmar o endereço onde o entorpecente foi encontrado e se houve prisões em flagrante.

Em nota, a Força Aérea informou que “atua firmemente para coibir irregularidades” e que atuou em conjunto com a PF no cumprimento das diligências necessárias para a investigação.

Investigação

A investigação começou após a prisão do sargento brasileiro Manoel Silva Rodrigues, flagrado com 39 quilos de cocaína em um avião da comitiva presidencial, em junho de 2019, na Espanha.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não estava na aeronave. A TV Globo apurou que o avião onde estava o militar, que atuava como comissário de bordo em voos da FAB, costuma fazer a rota presidencial antes do avião do presidente em viagens longas, e, por isso, fica à disposição do Executivo para quando ele pousar no destino.

O G1 tenta contato com a defesa de Manoel Silva Rodrigues, detido na Espanha, para saber se ele foi alvo da operação nesta terça-feira. O militar cumpre pena no país europeu e, em setembro do ano passado, a Justiça espanhola negou o pedido de transferência do sargento para o Brasil.

Em relação à lavagem de dinheiro, as investigações apontam “diversas estratégias do grupo criminoso” para ocultar os bens obtidos por meio do tráfico de drogas, “especialmente a aquisição de veículos e imóveis com pagamentos de altos valores em espécie”, disse a PF.

As penas previstas para os crimes de associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro vão de 3 a 10 anos de prisão.

G1

 

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