Internações mais prolongadas, pulmões inflamados e uma maior utilização de oxigêncio. Esse é o cenário atual dos hospitais brasileiros, que também têm recebido um número maior de pacientes jovens em estado grave.
Foi o que disseram a professora da Faculdade de Medicina da USP e diretora de ciência e tecnologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Ludhmila Hajjar e a infectologista do Instituto Emílio Ribas, Raquel Muarrek, em entrevista à CNN.
Segundo Muarrek, esse perfil de internações é diferente do visto na primeira onda.
“Houve uma mudança [de perfil de internações]: a alta permanência hospitalar e a alta permanência em UTI, com a necessidade de oxigenação maior nos casos atuais”, afirma Muarrek.
Hajjar observa que, possivelmente, essa seja uma consequência das novas mutações do novo coronavírus.
“O que nós temos percebido é que, possivelmente, isso deva ser resultado dessa nova variante. É uma forma mais transmissível e, aparentemente, nós estamos tratando de uma doença que tem uma carga viral maior. Isso pode refletir em uma forma mais grave”, diz Hajjar.
CNN