Cepa descoberta no Rio tem potencial de contágio e letalidade desconhecidos

Estudos com variante da Covid-19 seguirão nas próximas semanas em laboratórios parceiros da Secretaria Estadual de Saúde; mutação já representa 5,85% dos casos

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Pesquisadores vão analisar variante da Covid-19 descoberta no RJ para determinar se ela é mais transmissível ou letal
Foto: Divulgação / Pixabay

Descoberta pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) na quinta-feira (6), a nova variante do coronavírus, encontrada em 11 dos 92 municípios fluminenses, segue em estudo por pesquisadores, que querem descobrir se ela é pode ser mais transmissível ou letal que as outras 34 já em circulação pelo estado.

Ela foi batizada como P.1.2, por ter uma mutação ocorrida em relação à P.1, descoberta em Manaus e que se tornou prevalente no Rio de Janeiro e em outros estados.  A principal mutação apresentada, segundo a pesquisa, é a A2622, na proteína S.

Líder do estudo, a pesquisadora Ana Tereza Vasconcellos, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, explica as próximas etapas do estudo.

“Ainda não sabemos se essa é uma variante mais contagiosa ou letal. Isso ainda vai levar tempo, porque ainda precisamos isolar o vírus, infectar as células, é um processo laboratorial, que vai durar algumas semanas. É um procedimento que estamos fazendo em parceria com outros laboratórios e institutos”, afirmou a especialista à CNN.

Para a pesquisadora, não é possível garantir que a P.1.2 tenha os mesmos graus de transmissibilidade e letalidade que a P.1, apenas por ter sido originada dela. “É cedo para saber, isso ainda precisa ser estudado. Por isso, é necessário manter todos os cuidados feitos até então”, concluiu.

De acordo com o sequenciamento genético conduzido pela SES, a P.1.2 já responde por 5,85% dos casos registrados no estado e é a segunda mais frequente, atrás apenas da P.1, que responde por 91,49% das ocorrências. A P.2, que era prevalente antes da chegada da cepa de Manaus, responde, atualmente, por apenas 0,52%.

Esses números são oriundos de análises de genomas feitas pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen/RJ), entre os dias 24 de março e 16 de abril. No estado, ela foi localizada no Norte  Fluminense, na Região Metropolitana e na Baixada Litorânea (Região dos Lagos).

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