Condenada por mandar matar ex-marido, ‘Viúva da Mega-Sena’ ainda pode faturar herança milionária

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Mesmo condenada a 20 anos de prisão por mandar matar o milionário Renê Sena, a cabeleireira Adriana Ferreira Almeida, conhecida como “Viúva da Mega-Sena”, ainda tenta herdar toda a fortuna dele, estimada atualmente em mais de R$ 87 milhões.

O lavrador Renê Sena foi assassinado em 7 de janeiro de 2007, em Rio Bonito, no interior do Rio de Janeiro, um ano e meio depois de ganhar um prêmio de R$ 52 milhões em sorteio da Mega-Sena. Ele levou quatro tiros na cabeça, disparados por dois ex-seguranças, a mando de Adriana Almeida, que na época era sua companheira.

Embora a viúva tenha tido a condenação transitada em julgado, ela ainda tenta sucesso em uma revisão criminal que visa anular essa sentença. Em paralelo, pede, em outro processo, revalidar um testamento que lhe daria R$ 43 milhões (metade da herança) e, em outra ação, anular o reconhecimento de paternidade da única filha de Renê.

O advogado Jackson Costa Rodrigues, que defende Adriana, tenta, com essa revisão criminal, alegar irregularidades na seleção do júri que a condenou. Ele argumenta como suspeição o fato de um dos jurados não residir na cidade de Rio Bonito, onde o assassinato foi cometido e a vítima morava.

Esse recurso foi rejeitado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, mas o advogado ainda aguarda decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Não peço absolvição dela. Peço que ela seja submetida a um terceiro julgamento”, afirmou o advogado Jackson Costa Rodrigues ao Metrópoles.

Esse tipo de revisão só pode ser exigida depois que a condenação transita em julgado. De acordo com especialistas entrevistados pelo Metrópoles, essa apelação só costuma ter sucesso na Justiça quando ficam comprovadas ilegalidades graves.

“Para ter êxito, teria que ser comprovada uma coisa seríssima que comprometa o julgamento, como a parcialidade de jurado, ou a má condução do julgamento pelo juiz. São coisas gravesdemais”, explica o jurista Eugênio Pacelli, autor do livro “Curso de Processo Penal”.

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