Criança brasileira está entre os desaparecidos no desabamento de prédio em Miami

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Lorenzo e seu pai, Alfredo: desparecidos após desabamento de prédio em Miami Foto: Reprodução

Um menino brasileiro de cinco anos está desaparecido após o desabamento parcial de um edifício de 12 andares em Miami, nos Estados Unidos, na madrugada de quinta-feira. A criança, que atende pelo nome de Lorenzo, morava com os pais no apartamento 512, mas a mãe estava fora da cidade no momento da tragédia, segundo informações da CBS confirmadas ao GLOBO por uma amiga próxima da família.

“A tragédia que aconteceu em Miami foi no meu prédio e Lorenzo e Alfredo estavam dormindo no momento do colapso. Ainda não tenho nenhuma notícia dos dois. Eu viajei ontem para visitar minha família no Colorado e fui acordada com a notícia”, disse a mãe do menino, Raquel Oliveira, de 41 anos, no Facebook, na noite de quinta-feira.

Nesta sexta, Raquel informou que “as buscas não param e vão continuar por dias” e que já entregou uma amostra de seu DNA às autoridades “para compararem com os das crianças não identificadas conforme forem achando”. Uma amostra do DNA dos pais do marido, o italiano Alfredo Leone, também será enviada da Espanha, disse.

“Amigos, eu estou bem, estou calma. Mas estou evitando muito ficar pensando nos dois em si e me focando mais em fazer o que precisar ser feito. Eu não posso ficar emotiva agora senão eu vou desabar, eu eu preciso star atenta, alerta e rápida”, desabafou Raquel, que mora com o marido e o filho em Miami desde 2017, segundo uma amiga próxima da família.

Ao menos mais um brasileiro já foi identificado entre as pessoas que estavam no prédio que desabou. Bruno Treptow, pai da jornalista Joana Treptow, apresentadora do Jornal da Band, morava nesse edifício há 20 anos. Ele foi entrevistado pela filha ao vivo e relatou os momentos de tensão e medo que viveu.

— Aconteceu 1h30. Eu estava dormindo e ouvi um estrondo que parecia vir do teto e acordei. Minha mulher estava dormindo. Ela acordou assustada e eu falei: “o teto está caindo!” e ela respondeu: “não, não pode ser!”. Logo em seguida ouvimos outro estrondo. Depois, soube que nessa hora foi quando as duas outras partes do prédio caíram. Eu falei: ‘Pronto. Vamos morrer. Acabou’ — contou.

Ele e a mulher foram resgatados pelos Bombeiros com o auxílio de uma escada magirus.

Até o momento, foram registradas quatro mortes no local, mas a polícia ainda não conseguiu localizar 159 pessoas que poderiam estar no edifício no momento do acidente, que ocorreu por volta de 2h de quinta-feira no horário local (3h no horário de Brasília) e, segundo o Corpo de Bombeiros, atingiu 55 apartamentos.

Entre os desaparecidos, também estão ao menos outros 18 latino-americanos: três uruguaios, nove argentinos e seis paraguaios. Neste último grupo, estão Sophía López Moreira, irmã da primeira-dama do Paraguai, Silvana López Moreira, seu marido e três filhos, e a empregada da família.

Ao todo, 35 pessoas que estavam presas na parte do prédio que resistiu foram resgatadas sem ferimentos. Dez moradores ficaram feridos e foram tratados no local. Outras duas pessoas precisaram ser transferidas para hospitais.

O prédio faz parte do condomínio Champlain Towers South, que terminou de ser construído em 1981, tem mais de 100 apartamentos e está localizado na Avenida Collins, na vila de Surfside. Unidades de um a quatro quartos têm preços que variam de US$ 600 mil a US$ 700 mil, até R$ 3,5 milhões na cotação atual do câmbio.

O Globo

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