Em fórum da ONU, Bolsonaro critica ‘domínio’ de ‘certas regiões’ na produção de insumos contra Covid-19

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Bolsonaro discursa no Global Manufacturing & Industrialisation Summit | Foto: reprodução

Citando a dificuldade de se obter equipamentos de proteção individual (EPIs) e insumos médicos no início da pandemia de Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu uma “cooperação de um número mais amplo de países” e lamentou que “certas regiões tenham passado a dominar etapas da cadeia produtiva”, sem citar quais.

A declaração foi exibida na madrugada deste sábado (5), no horário de Brasília, durante conferência do Global Manufacturing and Industrialisation Summit (cúpula global de fabricação e industrialização), evento virtual organizado com apoio do governo dos Emirados Árabes Unidos e da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), que é realizado entre os dias 4 e 5 de setembro.

Em sua fala, Bolsonaro apontou que “poderia haver menos mortes” por Covid-19 se não houvesse dificuldades em alguns períodos para se ter acesso a equipamentos, como ventiladores mecânicos.

Segundo ele, um “desequilíbrio” na cadeia global complicou o acesso a itens essenciais no combate à doença. O presidente reconheceu que o Brasil “enfrentou dificuldades para adquirir máscaras, respiradores e insumos farmacêuticos”, porém, que foi possível administrar o problema e que não houve mortes por “hospitais mal aparelhados”.

Bolsonaro não citou nominalmente a China, que domina a produção de alguns dos EPIs e insumos requisitados mundialmente com o avanço da pandemia, mas reforçou a importância de países terem “fabricação de princípios ativos e medicamentos”.

‘Economia livre e país aberto’

Bolsonaro participou do fórum que abriu o evento neste sábado, intitulado Restoring prosperity in a post-pandemic world (restaurando a prosperidade em um mundo pós-pandemia).

Além do presidente brasileiro, falaram sobre o mesmo tema o o primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, o príncipe herdeiro da Jordânia, Al Hussein Bin Abdullah II, e Armen Sarkissian, presidente da Armênia.

“Desde o início dessa crise tenho insistido que é necessário salvar vidas e também proteger a economia”, disse Bolsonaro no início de seu discurso, destacando em seguida que seu governo “já dedicou mais de US$ 30 bilhões somente ao pagamento de auxílio emergencial”.

O presidente afirmou que trabalha para fazer do “Brasil um lugar mais dinâmico, com economia mais livre e um país mais aberto”.

Segundo Bolsonaro, a equipe econômica trabalha com “uma agenda com objetivos claros, que já dava bons sinais antes da pandemia”.

“Nosso governo tem levado adiante desde o seu início uma moderna agenda de desenvolvimento econômico”, disse Bolsonaro, que procurou listar realizações econômicas.

O presidente citou brevemente a reforma da previdência, a aproximação do Brasil com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e a negociação do acordo do Mercosul com a União Europeia, que chamou de “histórico”.

CNN Brasil

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