Em reunião com 50 empresários, Bolsonaro diz que governo vai insistir em vacinação e reformas

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Durante encontro virtual com um grupo de 50 empresários na tarde desta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro voltou a se comprometer com a vacinação dos brasileiros e as reformas estruturais para recuperar a economia. Ele repetiu a promessa que fez há duas semanas em um jantar com empresários em São Paulo.

No encontro desta terça, o presidente disse que não tem medo da CPI da Covid e que espera que seu governo não seja “atrapalhado” pelo trabalho dos parlamentares.

Organizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a reunião teve a participação de empresários como Abílio Diniz, líder da empresa de investimentos Península, André Gerdau, da Gerdau, Fábio Coelho, do Google Brasil, e José Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim.

A Fiesp é presidida por Paulo Skaf, que tem se aproximado de Bolsonaro e tem trabalhado para construir uma ponte entre o presidente e o empresariado.

— O Brasil não parou. Fizemos muita coisa no ano passado, desde a gestão Pazuello, e as vacinas são uma realidade hoje. Não temos medo de CPI, mas espero que essa ação não prejudique o nosso trabalho — afirmou Bolsonaro, que disse que a vacinação vai ajudar o país a voltar a crescer.

O discurso do presidente é semelhante ao adotado em 7 de abril, quando se encontrou com empresários e ministros na casa de Washington Cinel, dono da empresa de segurança Gocil. Na ocasião, Bolsonaro já havia dito que acreditava que o Congresso iria aprovar as reformas enviadas pelo governo.

Grupo reúne representantes de grandes grupos privados

— Este grupo de empresários sabe como investir e fazer a roda da economia girar. O que precisamos é de um ambiente seguro para isso, razão pela qual apoiamos as reformas estruturais —, afirmou Skaf. — A reforma administrativa é a que está mais adiantada e merece o esforço de todos para a sua aprovação.

Segundo a Fiesp, o encontro reuniu o conselho “Diálogo pelo Brasil”, que representa os 50 maiores grupos privados brasileiros.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também participou do evento e afirmou que o país gerou 260 mil postos de trabalho em janeiro e 400 mil em fevereiro, apesar da pandemia. Ele lembrou a aprovação do auxílio emergencial:

— Houve a renovação do auxílio e estamos seguindo o mesmo rigor e moderação com os quais conduzimos nossas ações no ano passado, mas com o compromisso de preservar vidas e salvar empregos.

Além de Guedes, outros nove ministros apresentaram feitos de suas pastas durante a conversa com o empresariado.

Ficou acertado que o presidente participará de uma nova reunião virtual nesta quarta-feira com empresários para discutir com o setor produtivo a pauta ambiental do governo, uma das principais fontes de preocupação de empresas exportadoras.

Na quinta-feira, tem início a Cúpula do Clima, liderada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. A participação de Bolsonaro é cercada de expectativas, dado o histórico de problemas na gestão ambiental de seu governo.

O GLOBO

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