ENTENDA A PARALISIA FACIAL QUE AFETOU VOLUNTÁRIOS DA VACINA CONTRA A COVID-19, VEJA IMAGENS

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A paralisia de Bell ou paralisia facial periférica é uma condição na qual o nervo facial que controla a contração da musculatura do rosto, é lesado por uma inflamação, que leva o nervo a parar de funcionar parcialmente ou completamente.
A inflamação leva a inchaço do nervo e dos pequenos vasos sanguíneos ao redor do nervo, que por serem cercados pelos ossos do crânio, são comprimidos por esses ossos e interferem na capacidade do nervo em conduzir os impulsos elétricos, levando a incapacidade do nervo de se comunicar com os músculos do rosto, causando paralisia da face.

Sintomas e diagnóstico

Os sinais e sintomas comuns da paralisia de Bell são: fraqueza dos músculos de um lado do rosto com paralisia da pálpebra superior que leva a dificuldade de fechar o olho e dificuldade para piscar, pode levar a ressecamento do olho com lesões da córnea. Pode ocorrer ainda desvio da boca para o lado contrário ao da paralisia (boca torta), pois, a boca desvia para o lado bom que é o lado que a musculatura contrai.
Pode cursar com, diminuição do paladar na parte anterior da língua e salivação excessiva levando o paciente a babar. Pode apresentar dor atrás do ouvido e ruídos altos podem causar desconforto no ouvido do lado afetado, uma condição chamada hiperacusia. As mudanças causadas pela paralisia de Bell afetarão a aparência do seu rosto, incluindo como você sorri. Essas mudanças são muitas vezes óbvias para os outros e podem fazer com que as pessoas com paralisia de Bell se sintam angustiadas e evitem atividades sociais.
O maior medo do paciente com paralisia de Bell é a preocupação de estar apresentando um derrame (AVC). Algumas pistas clínicas tornam menos prováveis um derrame, entre elas: o fato de não haver paralisia em outra região do corpo, na paralisia de Bell a paralisia atinge a parte superior do rosto e no derrame geralmente a boca entorta sem atingir o olho. Apesar das pistas clínicas é importante procurar um médico com urgência para afastar causas graves de lesões neurológicas e iniciar o tratamento precoce. O diagnóstico de paralisia Bell é um diagnóstico clínico e não depende de exames complementares. Não há necessidade de realizar exames complementares na emergência. O papel de exames complementares é restrito aqueles casos que demoram a melhorar. Não há motivo para fazer tomografia de crânio, caso optem por um exame de imagem a ressonância magnética é a melhor opção. Algumas sorologias para doenças infecciosas causadas por vírus e bactérias podem ser úteis. O exame de eletroneuromiografia pode ajudar a analisar o estado do nervo para casos que demorem a melhorar principalmente naqueles que demoram mais de 3 meses.
A maioria das pessoas com paralisia de Bell se recuperam completamente, isso pode demorar um período de três semanas até 9 meses. Uma minoria de pessoas mantem algumas sequelas ao longo da vida. Se você tiver algum sinal de paralisia de Bell, você deve consultar um médico imediatamente porque o tratamento está disponível e deve ser iniciado precocemente, dentro de dois a três dias do início dos sintomas. O início precoce do tratamento encurta a duração dos sintomas e diminui as chances de sequelas.

Causa

A causa da paralisia de Bell já foi motivo de grande controvérsia inclusive, há uma crença popular, de que ela possa ser causada por “choques térmicos” e “golpes de ar” o que não possui respaldo científico.
Hoje a teoria mais aceita é que a lesão que causa inflamação do nervo facial, com interrupção do seu funcionamento, ocorre por infecções virais de diversos tipos. O vírus que mais frequentemente leva a paralisia de Bell é o herpes simples , o mesmo vírus que causa a herpes labial e a herpes genital. Outros vírus também podem causar a paralisia de Bell, incluindo o vírus da herpes zoster que causa a catapora, entre outros vírus como citomegalovírus e vírus Epstein-Barr que causa a mononucleose.

Tratamento

O tratamento não reverte a paralisia facial ele ajuda a melhorar mais rápido, especialmente se você iniciar o tratamento nos primeiros dias dos sintomas.
Cuidados com os olhos – Você vai precisar de cuidados com os olhos se você não conseguir fechar o olho. Existe um risco de lesões oculares permanentes da córnea, que é a cobertura transparente e protetora do olho, caso o olho fique excessivamente seco. Você pode usar lágrimas artificiais para manter o olho úmido. Se o seu olho não fechar completamente, você deve protegê-lo durante o dia com óculos. Oclua a pálpebra superior ao dormir para evitar lesões da córnea.
Tratamento medicamentoso – A maioria das pessoas que são diagnosticadas com paralisia de Bell (dentro de dois a três dias dos primeiros sintomas) são tratadas com esteróides (por exemplo, prednisona). Os esteróides, também são chamados de corticóides, podem reduzir o inchaço e melhorar suas chances de se recuperar completamente. Estes medicamentos funcionam melhor quando iniciados precocemente (no prazo de três dias após os primeiros sintomas). Medicamentos antivirais (por exemplo, aciclovir, valaciclovir) são por vezes utilizados em conjunto com glicocorticóides, especialmente quando a fraqueza facial é grave. Alguns ensaios controlados encontraram um benefício adicional do uso destes agentes em pacientes com fraqueza facial muito severa. Outras formas de tratamento não estão comprovadas.

Quatro voluntários de ensaio que receberam a vacina contra Covid-19 desenvolveram paralisia facial

Quatro pessoas que receberam uma vacina contra a Covid-19 nos testes da empresa BioNTech desenvolveram Paralisia de Bell, uma forma de paralisia facial temporária, de acordo com o relatório dos reguladores dos EUA sobre a injeção.

Segundo o Daily Mail, os reguladores da Food and Drug Administration (FDA) disseram que não havia nenhuma maneira clara de a vacina causar a paralisia de Bell, mas advertiram que os médicos deveriam estar atentos ao efeito colateral alarmante e que a empresa deveria continuar a monitorar quantas pessoas ela ataca.

Ninguém sabe exatamente o que causa a Paralisia de Bell. No entanto, foi observado que na maioria das vezes a doença está ligada a um vírus, normalmente da herpes ou de um quadro gripal, que atinge um nervo e o paralisa, imobilizando um lado do rosto.

No Brasil, são registrados cerca de 150 mil casos da doença por ano.

Cerca de 7 em cada 10 pessoas com Paralisia de Bell obtêm uma recuperação completa, com ou sem tratamento. A maioria das pessoas nota uma melhora nos sintomas após cerca de duas a três semanas. No entanto, uma recuperação completa pode levar de três a seis meses.

De acordo com o Daily Mail, esta não é a primeira vez que a doença é associada a vacinas, mas alguns cientistas acreditam que as vacinas não desencadearam a doença de Bell em todos os casos, exceto em um – a Nasalflu, da Berna Biotech, uma vacina contra a gripe suíça que foi vendida durante a temporada de gripe de 2001-2002 e prontamente retirada do mercado.

Até agora, o FDA disse que o número de casos de Paralisia de Bell vistos no ensaio da vacina Pfizer foi “consistente com a frequência de histórico de Paralisia de Bell relatada no grupo da vacina, que é consistente com a taxa de histórico esperada na população em geral, e não há nenhuma base clara sobre a qual concluir uma relação causal neste momento, mas manterá uma vigilância apertada em casos futuros”.

Segundo o Daily Mail, os quatro casos de paralisia de Bell foram o único efeito colateral que o FDA viu como “desequilibrado”, ocorrendo mais no grupo da vacina do que no grupo do placebo, e menos de 0,5% dos participantes do ensaio tiveram efeitos colaterais graves.

Entre as quatro pessoas que desenvolveram Paralisia de Bell, uma teve paralisia facial ou fraqueza três dias após terem recebido a vacina. Mas o rosto do participante voltou ao normal cerca de três dias depois. Uma segunda pessoa desenvolveu a doença nove dias após receber a vacina, e os rostos dos outros ficaram fracos 37 e 48 dias após a vacinação, respectivamente. Cada um dos três se recuperou da paralisia facial em 10 a 21 dias.

A paralisia de Bell surge de repente e se parece assustadoramente com um derrame. A maioria dos pacientes nota que um lado do rosto começa a cair e os músculos ficam fracos. Em casos raros, ambos os lados do rosto podem ficar temporariamente paralisados.

Algumas pessoas também se tornam mais sensíveis ao som, geralmente no ouvido, correspondendo ao lado do rosto que está caído. Outros perdem o paladar, têm dores de cabeça ou desenvolvem dor ao redor da mandíbula ou orelha do lado afetado da cabeça.

Existem alguns padrões para quem tende a ter Paralisia de Bell. Ela é mais comum em mulheres grávidas, especialmente durante o terceiro trimestre ou logo após o nascimento. Pessoas com diabetes também são mais propensas à doença de Bell. Ter uma infecção respiratória superior, como resfriado ou gripe, também é um fator de risco.

Créditos: Hospital israelita Albert Einstein

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