Estudo financiado pelo MDR avalia riscos de derramamento de óleo em atividades econômicas na Amazônia Azul

Pesquisa foi conduzida por grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e publicada em publicação internacional_

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O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) financiou uma pesquisa para identificar, caracterizar e analisar os riscos e potenciais da atividade econômica no espaço marítimo e na porção litorânea do Brasil, a chamada Amazônia Azul. Produzido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o estudo visa aperfeiçoar as políticas públicas voltadas para esses locais, a partir da realidade do estado do Rio Grande do Norte.

Um dos objetivos do estudo é criar estruturas para responder a ocorrências de derramamento de óleo, como aconteceu em 2019 e atingiu diversos municípios da região Nordeste, e servir como uma ferramenta analítica útil para emergências.
Na pesquisa, foi feito um diagnóstico do risco de derramamento de óleo em atividades econômicas. O objetivo foi estabelecer uma série de parâmetros físico-químico do óleo e seus efeitos na água do mar, o que permitiu o desenvolvimento de um modelo matemático capaz de prever a contaminação de elementos químicos presentes no petróleo em caso de derramamento no mar e a toxicidade desses compostos.
“Acidentes provocados por derramamentos de petróleo provocam impactos em diversas atividades econômicas nas orlas dos municípios costeiros”, destaca o professor Aldo Dantas, do Departamento de Geografia da UFRN, coordenador do projeto que desenvolveu o estudo.
Segundo Dantas, uma proposta para minimizar o risco é a elaboração de políticas regionais em áreas turísticas, como as do Nordeste, por meio de um Plano de Emergência Regional que contemple respostas pré-definidas para que seja possível atuar, de forma célere, em casos como o ocorrido em 2019.
“Essa estrutura deverá ser capaz de remediar as áreas atingidas pelo vazamento e permitir uma atuação concomitante com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nas ações de mitigação e compensação dos impactos ambientais e econômicos”, observa o professor.
Orientações para a criação de Plano de Emergência podem ser encontradas no próprio estudo. Lá, há uma sugestão de ações voltadas a áreas turísticas, já com base nos modelos estabelecidos pela pesquisa. “Esses modelos servirão para estruturar uma carta de sensibilidade ambiental e econômica, na qual serão classificadas as áreas de maior vulnerabilidade, possibilitando estabelecer as bases para as estruturas de respostas aos acidentes e ações de mitigação”, explica Dantas.
Repercussão internacional
O estudo apoiado pelo MDR teve repercussão internacional, tendo sido publicado na décima edição da revista internacional Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento (Research, Society and Development, em inglês) e na edição de março de 2021 da revista Tecnologia Ambiental (Environmental Technology, em inglês).

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