governadora Fátima Bezerra (PT) criticou decisão da Petrobras, divulgada nesta segunda-feira 24, em negociar a totalidade de participações em um conjunto de vinte e seis concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, localizadas no Rio Grande do Norte.
Nas redes sociais, Fátima demonstrou revolta e citou a visita do presidente Jair Bolsonaro ao estado, que aconteceu na última sexta-feira 21, e afirmou que convocará uma reunião de emergência com a bancada federal e os representantes da estatal.
“É esse o presente que o RN está recebendo passados apenas três dias da visita do presidente à nossa terra? Quanta falta de respeito, quanto descaso! O Governo do Estado não foi sequer comunicado. Mas, adianto, na condição de governadora convocarei uma reunião de urgência com a nossa bancada federal e solicitarei uma audiência junto à diretoria da Petrobras”, afirmou.
A governadora garantiu que irá chamar, além dos deputados federais do RN, entidades empresariais do ramo petroleiro, trabalhadores da estatal e representantes da sociedades para “lutar” contra a decisão. Fátima Bezerra considerou a ação como um “retrocesso” e disse ser “inaceitável”.
“Desde já, quero convidar à discussão todas as entidades empresariais que representam o setor petroleiro, os trabalhadores da Petrobras e representantes da sociedade, para lutarmos de forma unificada e com toda a responsabilidade que o tema requer, contra mais esse retrocesso. Repito, o Governo não tem o direito de deixar a Petrobras sair do Rio Grande do Norte dessa forma. Isso é inaceitável. Nós lutaremos e resistiremos!”, publicou.
A etapa de divulgação da empresa para as vendas já foi iniciada. Em publicação feita na segunda a Petrobras divulgou informações sobre a oportunidade, bem como os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes, está disponível no site da Petrobras: https://investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-e-comunicados/teasers.
Essa operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em águas profundas e ultra profundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos.
