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Jornalista consagrado morre aos 73 anos em São Paulo

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 Jornalista consagrado morre aos 73 anos em São Paulo

Morreu aos 73 anos neste domingo (20) Ricardo Carvalho, jornalista, escritor, roteirista e diretor de documentários, diretor licenciado da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em São Paulo e conselheiro do Instituto Vladimir Herzog. Ele deixa a filha Júlia.

De acordo com familiares, ele estava internado no Hospital Sancta Maggiore de Higienópolis, e a causa da morte foi uma infecção generalizada em decorrência de uma pancreatite. O velório será no Cemitério do Araçá nesta segunda-feira, às 11h, e o sepultamento, ao meio-dia.

Ricardo foi repórter da “Folha de S.Paulo”, do “Jornal da República” e da “IstoÉ”. Foi também diretor de jornalismo da TV Cultura, editor-chefe do Bom Dia SP e do Globo Repórter e colunista da TV Gazeta.

Em 1985, fundou a produtora Argumento, onde dirigiu documentários como “Impressões do Brasil, a imprensa brasileira através dos tempos”, “História da Indústria no Brasil”, “Coragem, as muitas vidas do cardeal dom Paulo Evaristo Arns”.

É autor dos livros “O cardeal da resistência: as muitas vidas de Dom Paulo Evaristo Arns”, de “O cardeal e o repórter”, ganhador do Prêmio Vladimir Herzog em 2010, e também do livro “Maestro!: A volta por cima de João Carlos Martins e outras histórias…”

Acima de tudo, ele se considerava um repórter, como explicou em entrevista à Rádio USP em maio deste ano. “Eu sou basicamente repórter. Eu sou um jornalista que escreve, não me considero [um escritor]. Em todas as atividades da minha vida, eu me considero um repórter. Quando eu faço um documentário, é o olhar do repórter. Foi assim nesses meus três livros reportagens.”

Segundo nota do presidente da ABI, Paulo Jerônimo, o Pagê, Ricardo estava com problemas de saúde há algum tempo. “Infelizmente tenho de comunicar uma triste notícia: faleceu hoje em São Paulo nosso companheiro Ricardo Carvalho, representante da ABI na capital paulista. Ele já estava com problemas de saúde há algum tempo, mas ninguém sabia que era tão grave. Estamos tentando falar com seus amigos para que saibamos maiores informações, quando transmitiremos a todos os companheiros.”

A editora Terra Redonda, que publicou em 2020 uma nova edição de seu livro “O Cardeal e o Repórter”, também se manifestou por meio de nota e mencionou planos que o autor tinha para este ano. “Como a pandemia prejudicou o lançamento dessa edição, Ricardo pretendia fazer um grande lançamento no próximo dia 14 de setembro, data que vai marcar os 100 anos de nascimento de Dom Paulo Evaristo Arns.”

O Instituto Vladimir Herzog, em seu site, também se manifestou sobre a morte de um de seus conselheiros. “Ricardo ajudou a escrever a história do jornalismo brasileiro e nela foi inscrito. Foi um jornalista raro, com vocação para contar histórias, compromisso com o interesse público e determinação em lutar pelos direitos humanos. Frequentemente, por sermos o país que somos, nos vemos propensos a certos esquecimentos. Ricardo Carvalho, no entanto, jamais será esquecido. Sua trajetória de vida e, principalmente, seu amor pelo jornalismo continuarão a nos inspirar a seguir lutando. Sempre!”

Com informações do G1 SP

 

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