Mercado imobiliário potiguar é reaquecido em meio à pandemia, dizem e

Especialistas explicam que um dos motivos pode ser a busca por espaços maiores e mais conforto para o home office.

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  1. Enquanto no início da pandemia, por volta do mês de março, os profissionais do mercado imobiliário potiguar ficaram apreensivos com o impacto negativo na movimentação de compra e venda de imóveis, agora a situação é inversa. Para especialistas do setor ouvidos pelo G1, um dos motivos pode ser a busca por mais espaço e conforto já que as pessoas estão passando mais tempo em casa.

“As pessoas estão mais tempo em casa buscando conforto e bem-estar, o que tem aumentado a demanda principalmente por apartamentos de tamanho maior. Outro motivador para essa movimentação pode ser a taxa Selic em torno de 2,25% ao ano, o que faz com que as aplicações bancárias não rendam praticamente nada. Assim, comprar um imóvel voltou a ser uma grande vantagem”, explica Paulo Nunes, corretor de imóveis especializado em alto padrão e diretor da imobiliária RE/MAX Top, em Natal (RN).

Segundo ele, a redução da taxa de juros nas linhas de crédito imobiliário dos bancos de 9,25% para 6,95% ao ano com até 30 anos para pagar, também é apontada como um dos fatores que tem estimulado as negociações nesse mercado, já que 85% dos imóveis são vendidos financiados.

“Enquanto no primeiro momento da quarentena por coronavírus eu tive algumas vendas suspensas, agora em julho tenho me surpreendido com a quantidade de clientes de alta renda que estão em busca de imóvel em condomínios que oferecem serviços característicos de resorts como o Porto Brasil”, acrescenta Paulo Nunes.

De acordo com o presidente do Sindicato das Imobiliárias do RN (SECOVI/RN), Renato Gomes Netto, muitas imobiliárias potiguares percebem que os meses de junho e julho deste ano, estão sendo os melhores dos últimos cinco anos. “O imóvel é uma segurança mesmo sendo um investimento sem liquidez imediata. Hoje vale muito mais a pena comprar uma unidade, inclusive para aluguel, que manter uma aplicação bancária. As pessoas têm percebido isso, tanto que houve um aumento significativo da compra de imóveis também da segunda residência em locais como Pirangi e Lagoa do Bonfim, uma tendência de moradia distante dos grandes centros porque o trabalho remoto passou a ser comum”, disse.

O engenheiro civil e construtor há 20 anos de obras de condomínio em Natal, Moacir Alves Pinheiro Júnior, da Macam Engenharia, diz que como a crise na saúde provocou uma queda de inflação planetária, o imóvel virou a bola da vez por ser um ativo seguro e rentável. “Não há demanda para muitos lançamentos, porém, é impressionante como a procura por imóveis voltou a crescer. Lançamos um prédio com apartamentos voltados para um público investidor, que almeja gerar renda futura com locação, e vendemos 70% das unidades em poucos dias. Diante desta procura, percebemos que temos espaço para lançar pelo menos mais um condomínio ainda neste semestre. Temos também projetos de segunda residência, pois como o brasileiro está experimentando passar muito tempo com toda a família em casa, o imóvel de praia vai ter outro significado a partir de agora.”, conclui.

G1
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