OPINIÃO Culpar os outros é um ato primitivo e infantil

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Quando penso na origem da atitude de culpar o outro, automaticamente me remete a desobediência de Adão e Eva.

Adão culpou Eva. Eva culpou a serpente. Mas, observe que Adão, antes de acusar Eva, coloca a culpa no próprio Deus que pôs a mulher ao seu lado. Ato de extrema imaturidade.

Qual deveria ser a atitude de Adão diante das indagações de Deus? Certamente assumir a culpa ou a responsabilidade por seus atos. Quem sabe pedindo perdão. E talvez a história da humanidade seria outra.

O fato é que, em pleno século XXI, apesar de todas as conquistas materiais e de todas as maravilhas que o homem foi capaz de produzir, continua pouco evoluído em suas relações humanas.

O mecanismo de defesa chamado de projeção, entendido por culpar o outro por acontecimentos inaceitáveis em si, denota imaturidade, pois, consiste em transferir para o outro a culpa por seu erro a fim de evitar a punição. Geralmente, as crianças fazem isso. Culpam o irmão (a) por ter quebrado o seu brinquedo.

Culpar os outros pelos nossos erros ou fracassos é um comportamento infantil, mas que continua a se repetir na vida adulta.

Como se não bastasse fazer isso em âmbito pessoal, os seres humanos dessa era cibernética, coletivamente, identificados com uma causa, passaram a escancarar suas projeções em rede mundial.

A constatação mais preocupante é a de que grande parte dos políticos e das lideranças religiosas estão no topo das polêmicas. Como por exemplo, uma nota publicada em várias mídias, no dia 14 de agosto, dando conta que, a CNBB se uniu à OAB e outras instituições para criticar a ação federal diante da pandemia e pedir responsabilização do governo Bolsonaro pelas mais de 100 mil mortes.

O “documento” começa assim:

“PERDEMOS 100 MIL VIDAS. Responsabilização por esta tragédia humana não pode deixar de ser feita”, afirmam SBPC, CNBB, OAB, Comissão Arns, ABC e ABI, em nota.

“Movidos por compaixão, declaramos nossa proximidade com todas as famílias enlutadas no país, reverentes que somos aos 100 mil mortos vitimados pela atual pandemia e suas consequências. Não se trata de uma fatalidade, mas de uma tragédia humana que poderia ter sido evitada.”

Poderia ser evitada, como?

Ignorando o fato de que o Brasil agiu rápido e foi um dos primeiros a declarar “calamidade pública” e situação de emergência em seis estados, transferindo imediatamente as verbas para estados e municípios.

Não menciona o fato de que o STF determinou a autonomia dos prefeitos e governadores.

Enfim, muitas outras ações que são propositadamente ignoradas por essa classe de políticos e de religiosos que, mais uma vez, vergonhosamente, se uniu para CULPAR o governo, sem base nenhuma, a não ser as inferências sobre a “insensibilidade” do presidente diante das vítimas da pandemia.

Acusam-no de ter participado de aglomeração quando esteve no meio do povo.

De eventualmente não usar máscaras. Por indicar insistentemente um certo remédio não recomendado pela ciência.

E por falar em ciência, é bom lembrar que quem produz ciência são seres humanos, sujeitos a erros e a interesses diversos, inclusive os interesses políticos.

A ciência não está com essa moral toda. Por se tratar da primeira experiência com pandemia, ninguém sabe se as medidas tomadas são adequadas ou equivocadas.

Nenhum ser humano deveria ser espancado, estrangulado e preso em nome de uma “ciência”; muito menos diante de medidas tomadas sem comprovação “cientifica”.

Não se sabe muito sobre a pandemia. Mas, o que dizer do oportunismo dessas pessoas, autoridades que se escondem atrás de uma instituição, para simular preocupação pela vida humana?

“Pacto pela Vida e Pelo Brasil”? Acaso o presidente e seus apoiadores são contra o Brasil e a vida? Onde estavam os senhores antes de completar os 100 mil mortos?

Pessoas maduras e espiritualizadas, sensíveis e “movidas por compaixão,” como querem fazer crer, jamais usariam esse feio mecanismo de projeção (infantil), para culpar um presidente por uma pandemia?!

Muito menos o responsabilizaria por “incapacidade do governo federal em unir o país numa hora tão difícil…”

Como podem culpar o presidente por incapacidade de unir o país? E agora falo para os Bispos, se vossas excelências não são capazes de unir a própria igreja católica?

Trocaram a teologia pela política.

Causaram divisão dentro de sua própria igreja.

Muitos fiéis católicos declaram-se descrentes, tristes e decepcionados com as atitudes cada vez mais politizada e distante da verdade.

Vidas perdidas importam a todos os humanos. E almas perdidas lhes importam?

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8:32.

Os políticos tem cargos temporários e não há dúvidas que as verdades vão aparecer e os verdadeiros culpados, serão responsabilizados pela parte que lhes tocam nessa pandemia.

Já as autoridades religiosas envolvidas no propósito de culpar o presidente, estão julgando precocemente (não chegou o juízo final), ao invés de direcionar a sua “compaixão” para ajudar a combater a pandemia, que não acabou!

Apesar da inevitável dor das perdas das vidas, os pêsames são insuficientes.

Há muita gente precisando de solidariedade, de orações.

Pessoas que já perderam parentes para a doença, as que perderam o emprego, aquelas que perderam a esperança. E muita gente que perdeu a FÉ no ser humano. E alguns que já perderam a FÉ em DEUS.

Autoridades Brasileiras precisam se unir para cuidar do futuro dos sobreviventes. Muitos traumas estão sendo criados. Nossas crianças e jovens estão sentindo os efeitos da vida interrompida. Uma pandemia mental já está sendo anunciada.

Para os políticos e religiosos que estão de fato querendo mudar o Brasil, façam um movimento de verdadeira inclusão e compaixão. Aceitem o presidente legitimamente eleito e funcionem como apoio.

Para os adultos que se encontram na posição de culpar os outros, não é facultativo amadurecer. É URGENTE!

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