Papa celebra Domingo de Ramos em basílica quase vazia pelo segundo ano

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Foto: Giuseppe Lami/AFP

O papa Francisco, 84, celebrou a missa do Domingo de Ramos em uma Basílica de São Pedro quase vazia pelo segundo ano consecutivo, fruto das restrições impostas pela pandemia de coronavírus, e afirmou que o diabo está se aproveitando da pandemia.

“O diabo está aproveitando a crise para semear desconfiança, desespero e discórdia”, disse ele neste domingo (28), acrescentando que a crise sanitária trouxe sofrimento físico, psicológico e espiritual.

Desde que foi escolhido, em 2013, líder da Igreja Católica, Francisco deixou claro que acredita na existência do diabo. Em um documento de 2018, ele afirma que foi um erro considerá-lo um mito.

Tradicionalmente, no Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa e leva à Páscoa, dezenas de milhares de pessoas enchem a Praça de São Pedro com ramos de oliveira e folhas de palmeira em uma cerimônia ao ar livre. Neste domingo, no entanto, apenas cerca de 120 fiéis participaram da missa, juntando-se ao papa e a 30 cardeais em uma ala secundária da enorme basílica.

“No ano passado, ficamos chocados. Neste ano estamos sob mais pressão, e a crise econômica se tornou pesada”, discursou Francisco. A Itália está em meio a outro lockdown nacional, previsto para terminar após a Páscoa. Na quarta-feira (24), o pontífice ordenou que cardeais e alguns clérigos reduzissem seus salários para salvar os empregos de outros funcionários.

Tanto em sua homilia durante a missa quanto em seus comentários posteriores, Francisco afirmou que a pandemia tornou mais importante do que nunca cuidar das pessoas em dificuldade, especialmente pobres e sofredores. Quase todos os que participaram da missa, exceto o papa e o coro, usavam máscaras.

Em uma versão em pequena escala de um culto tradicional do Domingo de Ramos, o líder da Igreja Católica e os cardeais avançaram para o altar segurando folhas de palmeira.

O Domingo de Ramos comemora o dia em que os evangelhos dizem que Jesus entrou em Jerusalém e foi saudado pelo povo, apenas para ser crucificado cinco dias depois. Os outros cultos da Semana Santa também acontecerão com número limitado de participantes.

FolhaPress

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