Para conter variante Delta, Israel pede volta ao home office e fim de ‘apertos de mão, beijos e abraços’

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As autoridades de Israel pediram que as empresas retornem ao regime de home office para ajudar o país no combate ao surto de Covid-19 provocado pela variante Delta. A medida faz parte de uma série de restrições anunciadas na terça-feira, que o governo disse serem essenciais para evitar novas quarentenas. A força-tarefa antipandemia do país fez um apelo para que a população pare de “apertar as mãos e dar beijos e abraços”. O governo também tornou obrigatória a apresentação do passaporte da vacina para entrar em ambientes que comportem menos de 100 pessoas. O passe é concedido para quem já se inoculou, testou negativo ou contraiu a doença recentemente. Em espaços abertos com capacidade superior a 100 pessoas, o uso de máscara será obrigatório. O governo também limitará em 50% o número de funcionários em repartições públicas: — Nosso objetivo é manter Israel aberta e, ao mesmo tempo, evitar uma situação de lotação de hospitais e falta de leitos — disse o primeiro-ministro do país, Naftali Bennett, afirmando que sabem a hora de “acionar o freio” caso seja necessário. — Para evitar restrições mais duras, vamos nos vacinar, usar máscaras e manter o distanciamento. Pessoas são vacinadas contra a Covid-19 aos pés do Cristo Redentor, no Corcovado, no Rio de Janeiro Foto: MAURO PIMENTEL / AFP – 18/01/2021 Na França, uma mulher espera antes de receber uma dose da vacina contra o coronavírus a bordo do VACCI’BUS, um ônibus que circula por vilas ao redor da cidade de Reims para imunizar pessoas com problemas de mobilidade Foto: FRANCOIS NASCIMBENI / AFP – 20/01/2021 Pessoas fazem fila para serem vacinadas com a Sputnik V em um ponto de vacinação na loja de departamentos GUM, em Moscou, dias depois da Rússia lançar sua campanha de vacinações em massa contra o coronavírus Foto: NATALIA KOLESNIKOVA / AFP – 20/01/2021 Pessoas esperam na fila em um estacionamento da Disneylândia para receber as vacinas contra a Covid-19 no parque temático, em Anaheim, Califórnia Foto: VALERIE MACON / AFP – 14/01/2021 Uma mulher conversa com um trabalhador médico antes de receber a vacina Oxford / AstraZeneca no Al-Abbas Islamic Center, que foi convertido em um centro temporário de vacinação em Birmingham, região central da Inglaterra Foto: DARREN STAPLES / AFP – 21/01/2021 Pessoas chegam para receber uma dose da vacina em um centro de vacinação instalado no Lords Cricket Ground, em Londres Foto: WILLIAM EDWARDS / AFP – 27/01/2021 Membro da brigada de incêndio orienta o público na chegada ao autódromo de Bath em Bath, sudoeste da Inglaterra, para vacinação com doses da vacina Oxford / AstraZeneca Covid-19, administrada por médicos da Marinha Real Foto: ADRIAN DENNIS / AFP – 27/01/2021 As pessoas aguardam para serem vacinadas na catedral de Salisbury, em Salisbury, sudoeste da Inglaterra Foto: JUSTIN TALLIS / AFP – 20/01/2021 Centro de vacinação contra a Covid-19 instalado no Thornton Little Theatre, administrado pelo Wyre Council, em Thornton-Cleveleys, noroeste da Inglaterra Foto: OLI SCARFF / AFP – 29/01/2021 Pessoas recebem a vacina Oxford / AstraZeneca Covid-19 em um centro de vacinação temporário na Igreja de St Columba, em Sheffield, South Yorkshire Foto: OLI SCARFF / AFP – 23/01/2021 Pessoas sentam-se na sala de espera de um centro de vacinação da prefeitura do 13º distrito de Paris Foto: THOMAS SAMSON / AFP – 18/01/2021 Equipe trabalha na aplicação de vacinas em pacientes em um centro de vacinação instalado no Bournemouth International Centre, em Bournemouth, no sul da Inglaterra Foto: GLYN KIRK / AFP – 18/01/2021 Um homem aguarda no Palais des Sports de Lyon, usado como um centro de vacinação contra a Covid-19, na França Foto: JEAN-PHILIPPE KSIAZEK / AFP 14/01/2021 Ajudantes circulam no estádio de gelo Erika-Hess, que serve como segundo centro de vacinação contra o novo coronavírus em Berlim Foto: KAY NIETFELD / AFP – 14/01/2021 As pessoas chegam ao Epsom Downs Racecourse, na abertura como um centro de vacinação em massa, em Epsom, sul da Inglaterra Foto: ADRIAN DENNIS / AFP – 11/01/2021 Centro de vacinação do Maccabi Health Services, na cidade costeira de Haifa, no norte de Israel Foto: JACK GUEZ / AFP – 11/01/2021 Pessoas esperam na fila durante vacinação contra a Covid-19 no centro de convenções Jacob K. Javits, na cidade de Nova York Foto: TIMOTHY A. CLARY / AFP – 13/01/2021 Pessoas aguardam a vacinação contra COVID-19 em um centro instalado no salão Metropolishalle do Filmpark Babelsberg, em Potsdam, perto de Berlim, Alemanha Foto: SOEREN STACHE / AFP – 5/01/2021 Um centro de vacinação contra o coronavírus na feira de Colônia, oeste da Alemanha Foto: INA FASSBENDER / AFP – 22/12/2020 Equipe médica pronta para atendimento no centro de vacinação do Kuwait, no International Fairgrounds, Cidade do Kuwait Foto: YASSER AL-ZAYYAT / AFP 23/12/2020 Pessoas se cadastram antes de receber uma dose da vacina contra a Covid-19, no Centro Internacional de Convenções e Exposições de Riyadh, na capital saudita Foto: FAYEZ NURELDINE / AFP – 21/01/2021 Sérvios chegam para receber a vacina chinesa Sinopharm, na Feira de Belgrado, transformada em um centro de vacinação Foto: ANDREJ ISAKOVIC / AFP – 25/01/2021 As medidas foram decididas em uma reunião do Gabinete realizada na noite de ontem. Horas antes, um funcionário do Ministério da Saúde já havia antecipado ao jornal Haaretz que o acirramento das restrições era iminente após o governo anunciar que esperava ver os casos graves de Covid-19 quadruplicaram nos próximos 20 dias se nada fosse feito. Mais 3.280 novos casos de Covid-19 foram registrados nas últimas 24 horas. Do total, 236 pessoas apresentavam sintomas graves da doença, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde. Não se sabe ao certo quantas destas pessoas estavam vacinadas, mas nas últimas semanas as complicações vinham ocorrendo majoritariamente em pessoas não vacinadas. Mais de 62% dos israelenses estão totalmente vacinados contra o vírus, em sua maioria com doses da Pfizer-BioNTech, de acordo com dados do site Our World in Data. Assim como a Alemanha, o país é um dos que já aplica doses de reforço na população com mais de 60 anos ou com comorbidades, afirmando que a efetividade das duas doses cai com o tempo e a terceira injeção serve para reforçar a resposta imunológica. Nesta quarta, contudo, a Organização Mundial da Saúde fez um apelo para que a aplicação da terceira dose seja suspensa até o fim de setembro para ajudar todos os países a vacinarem ao menos 10% de suas populações. Em uma entrevista coletiva, o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que isso é necessário para fazer frente à disparidade global na vacinação. — Eu entendo a preocupação de todos os governos de protegerem suas populações da variante Delta — disse Tedros. — Mas nós não podemos, e não devemos, aceitar que países que já usaram a maior parte do estoque global de vacinas usem ainda mais doses, enquanto a maior parte das pessoas vulneráveis continuam desprotegidas. Das mais de 4 bilhões de vacinas aplicadas no mundo até o momento, mais de 80% foram usadas em países ricos ou de renda média-alta, segundo o diretor. Os países mais ricos administraram cerca de 100 doses para cada 100 pessoas, enquanto nos mais pobres, a taxa de 1,5 dose para 100 pessoas. O governo de Israel ainda não comentou o apelo da OMS. Em mais uma ação para conter o avanço da Delta, o país determinou que todos os viajantes oriundos de 18 países façam uma quarentena obrigatória ao desembarcarem em território israelense, independentemente do status de vacinação. Entre as nações que ficarão sujeitas às restrições, que começarão a valer em 11 de agosto, estão França, Alemanha, Itália, Grécia e Estados Unidos. Também na terça-feira, o ministro da Defesa, Benny Gantz, convocou mil reservistas para ajudar o Exército na contenção da pandemia.

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