Perícia aponta que perfuração causou rompimento de barragem

Laudo foi divulgado pela Polícia Federal e refuta tese da Vale sobre motivo que causou tragédia em Brumadinho

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Rompimento da barragem teria sido consequência de uma perfuração feita pela Vale

DIVULGAÇÃO / CORPO DE BOMBEIROS

Uma perícia realizada pela Polícia Federal conseguiu determinar que uma perfuração indevida, feita na parte mais sensível do terreno da barragem da Vale, em Brumadinho, resultou no rompimento da estrutura em janeiro de 2019. A tragédia resultou em 270 mortes.

De acordo com os delegados da PF que estão à frente da investigação, a perícia constatou o motivo para a liquefação da barragem. Esse fenômeno ocorre quando o rejeito de minério, que está depositado na barragem, passa do estado sólido para o líquido. A partir do momento em que isso ocorre, a estrutura fica instável e aumentam as chances de um rompimento.

 

 

Foram levantadas seis hipóteses para a liquefação da barragem e uma delas ficou comprovada com o laudo pericial feito pela Polícia Federal: uma perfuração indevida em um dos pontos mais sensíveis do terreno. Cinco dias antes da tragédia, uma perfuratriz começou a operar nesse local. O objetivo era coletar materiais do solo e instalar piezômetros, que são equipamentos utilizados no monitoramento das barragens de mineração.Com essa constatação, a PF descartou a hipótese defendida pela Vale, de que o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão teria sido causada pela intensidade de chuvas nos dias anteriores, o que teria contribuído para o peso do reservatório aumentar.  Segundo a PF, a vale deveria ter agurdado análises preliminares do trabalho de geotécnica, que começaram em outubro do 2018, para realizar essa intervenção.

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