“Sim, eu traí e assumo. Essa foi a contribuição para o fim do nosso relacionamento. Eu nunca agredi ela, nunca pratiquei nenhum tipo de violência contra ela. Ela está dizendo que saiu daqui de casa com medo e não tinha a intenção de voltar, agora vou mostrar um ‘print’ para vocês em que ela fala que iria retornar pra casa na sexta-feira ao invés do sábado”, afirmou o cantor nas redes sociais.
“Até agora não entendi por que ela está fazendo isso, mas estou tomando todas as medidas legais para provar que eu não sou esse cara que ela está falando. Não quero ficar aqui nas redes sociais denegrindo a imagem dela, mas se é para me defender, para mostrar quem eu sou, eu vou até o final, eu vou brigar por isso”, avisou.
Início das agressões
Duda Reis foi à Delegacia da Mulher no Centro de São Paulo nesta terça acompanhada da advogada Izabella Borges. Ela afirma que teve um relacionamento com o cantor durante três anos e uma união estável com ele nos últimos nove meses, em um relacionamento “cercado de episódios de violência”.
No relato à polícia, a atriz disse que as agressões de Nego começaram em fevereiro de 2018, durante o carnaval, quando o cantor supostamente teria ameaçado a ex-noiva porque a jovem teria ido ao sambódromo do Rio sem a anuência dele.
Ela contou que, a partir daquela data o cantor iniciou uma rotina de “humilhações e xingamentos” e que foi agredida fisicamente na frente de outras pessoas.
No boletim de ocorrência, Duda narrou que, na Páscoa de 2018, o cantor a empurrou durante a distribuição de ovos de chocolate na favela do Borel, no Rio, e que a queda provocou lesões nas costas.
Um trecho do BO diz o seguinte: “Que, após esse episódio, o autor tentava se redimir das agressões causadas, dizendo que a vítima ‘trazia o pior dele’ e que a culpa era da vítima”.
A jovem também afirmou aos policiais que, após as agressões, passou a sofrer de transtornos psíquicos e emocionais, diagnosticados por psicólogos e psiquiatras. Ela disse que desenvolveu anorexia nervosa, bulimia, depressão e síndrome do pânico.
A atriz alega que ter passado a usar medicamentos em altas dosagens e, depois , em quantidades muito maiores que as receitadas pelos psiquiatras, para “conseguir suportar a violência” do relacionamento.
No depoimento, a atriz relatou que Borel a incentivava a ingerir os medicamentos para “ficar calma” e, assim, “não saber a hora que ele voltava dos shows e das saídas noturnas”. Nesses momentos, segundo ela, o cantor a traía com outras mulheres.
Duda Reis relata agressões e ameaças de Nego do Borel
Faca e violência psicológica
Duda também narrou constantes episódios de ‘”terror psicológico”. Em outubro de 2019, na casa de Nego Borel, o cantor teria tido uma crise de ciúmes e então a agredido com chutes na perna. Também teria quebrado objetos da casa.
No mês seguinte, ela teria sido ameaçada pelo artista com uma faca depois de um churrasco na casa dele. Nessa ocasião, disse Duda, o ex-noivo estava sob efeito de álcool e drogas.
Em 2020, Nego teria feito tortura psicológica dizendo à atriz que “a culpa disso tudo é sua e sinto ódio absurdo quando olho pra sua cara”. Ele também a teria chamado de “louca” e “piranha”.
Duda relatou aos policiais que sente medo das ameaças de cantor e que ele teria ameaçado publicar nas redes sociais fotos do casal fazendo sexo. Ela também falou que presenciou várias ligações do artista para presidiários.
A atriz disse que, durante a pandemia de Covid-19, fazia sessões de terapia on-line e que o cantor acompanhava tudo e a impedia de falar sobre ele nas sessões. A jovem alegou que o cantor a obrigou a cortar relacionamento com a família e passou a dizer que “mataria” os parentes dela.
Duda disse que foi traída várias vezes e que contraiu HPV por conta disso. Afirmou que “descobriu na residência de Borel uma arma fuzil e um cofre com R$ 2 milhões em dinheiro”, segundo o BO.