A violência doméstica no Brasil está descontrolada
Agredida e torturada pelo marido em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, uma mulher de 37 anos, cujo nome não será divulgado, prestou depoimento à Polícia Civil na tarde de segunda-feira, 23, e revelou como foi a violência que sofreu por parte do homem, que é policial militar reformado e está preso.
O nome do policial bandido não foi divulgado por causa da interpretação equivocada dada à Lei de Abuso de Autoridade, o que facilita a impunidade de bandidos de alta periculosidade como o citado policial, que inclusive sofre Processo Administrativo Demissionário pela prática de crime não divulgado.
Segundo a delegada Karine Maia Costa, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a vítima contou que foi levada pelo policial bandido para um matagal onde foi torturada por cerca de uma hora, teve que comer cacos de vidros e ainda teve os pés e as roupas cortados com pedaços de cerâmica.
Marcas das torturas praticadas pelo policial bandido contra a vítima
Durante o depoimento que durou mais de uma hora e meia, a vítima contou que sofreu várias outras agressões. “O depoimento dela foi detalhado. Ela contou detalhes da agressão, que foi uma verdadeira sessão de tortura, muito grave”, disse a delegada, acrescentando que a violência foi motivada por ciúmes.
As torturas teriam continuado, se a vítima não tivesse conseguido escapar ao pular do carro do marido e pedir socorro no Hospital Aroldo Tourinho, onde foi socorrida pelos funcionários. O policial bandido foi preso em flagrante na casa da mãe e levado para o Presídio de Bocaiúva, onde está à disposição da Justiça. Crédito colatina