RN investiga 10 casos de Síndrome Multissistêmica que pode estar relacionada à Covid-19; problema atinge crianças e adolescentes

Primeira internação no estado aconteceu no final de maio. Na maioria dos casos, crianças tiveram Covid-19 ou contato com pacientes da doença, segundo autoridades.

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  1. Hospital Maria Alice Fernandes (Arquivo) — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

A pediatra Ana Luísa Braga afirma que o primeiro caso que preencheu critérios para a síndrome na UTI no Hospital Maria Alice Fernandes, em Natal, ocorreu no final de maio. “Desde então, tivemos 10 casos. A Covid-19 em crianças e adolescentes geralmente é uma infecção leve com pouco ou nenhum sintoma. Pouquíssimas crianças vão evoluir para essa síndrome”, afirmou.

De acordo com a subcoordenadora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Estado (Sesap), Alessandra Lucchesi, são observados casos em crianças até 60 dias após infecção ou exposição delas a pessoas diagnosticadas com a doença. Ainda de acordo com ela, nenhum dos pacientes no estado precisou de intubação. “Os relatos que temos são de casos leves a moderados”, apontou.

Notificação

Na última semana, o Ministério da Saúde implantou a notificação dos casos nos sistemas nacionais de monitoramento e orientou secretarias de saúde dos estados e municípios sobre o diagnóstico e atendimento de possíveis casos, através da identificação dos sinais e sintomas mais comuns.

Ainda de acordo com o Ministério, a maioria dos casos relatados apresentou exames laboratoriais que indicaram infecção atual ou recente pelo coronavírus ou vínculo epidemiológico com caso confirmado de Covid-19. Segundo o governo, os casos são raros e ainda não há comprovação sobre a relação entre a síndrome e a Covid-19.

Entre os sintomas mais frequentes estão:

  • Febre alta e persistente
  • pressão baixa
  • conjuntivite
  • manchas no corpo
  • inchaço nas mãos e pés
  • diarreia
  • dor abdominal

Suspeita

Em abril passado, médicos do Reino Unido identificaram o que parecia um aumento nos casos de síndrome de Kawasaki, uma doença inflamatória rara, que normalmente afeta crianças pequenas. Depois de alguns estudos, a conclusão é que não se tratava da doença, mas de “algo parecido”. A nova síndrome tem se manifestado em crianças e adolescentes cerca de quatro semanas depois do contato com o novo coronavírus.

O Ministério da Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), publicou nota técnica no fim de maio como alerta para a possível relação da síndrome com o novo coronavírus.

Segundo a Secretaria de Saúde do RN, os profissionais do estado já estão orientado para identificar e notificar possíveis casos.

G1
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