Bolsonaro chama Orbán de ‘irmão’ e avalia encontro como ‘bastante útil’

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‘Nos afinamos em praticamente todos os aspectos’, disse o presidente brasileiro, citando Deus, pátria, família e liberdade    Jair Bolsonaro se reuniu com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán | Foto: Reprodução/YouTube

O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta quinta-feira, 17, com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, em Budapeste, um dia depois do encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Bolsonaro e Orbán assinaram acordos comerciais e, em seguida, fizeram uma declaração à imprensa.

Em seu pronunciamento, o presidente da República afirmou que o colega húngaro é praticamente um “irmão” e destacou a afinidade entre eles em relação a vários assuntos — como a defesa dos valores da família, por exemplo.

“Nos afinamos em praticamente todos os aspectos. A possibilidade de ampliarmos nossas relações comerciais apenas fortalece cada vez mais esse nosso relacionamento”, disse Bolsonaro. “Eu o trato praticamente como um irmão, dadas as afinidades que nós temos”, completou, dirigindo-se a Orbán.

“É uma satisfação  muito grande estar na Hungria. Considero o seu país o nosso pequeno grande irmão”, prosseguiu Bolsonaro. “Pequeno se levarmos em conta as nossas diferenças em extensão territorial. E grande pelos valores que nós representamos: Deus, pátria, família e liberdade.”

Em sua fala, o presidente brasileiro afirmou que os dois países defendem a família “com muita ênfase”. “Uma família bem estruturada faz com que a sociedade seja sadia. Não devemos perder esse foco”, disse.

Amazônia

Jair Bolsonaro aproveitou seu discurso para criticar potências europeias que acusam o Brasil de não preservar a Amazônia.

“Muitas vezes as informações sobre a Amazônia chegam para fora do Brasil de forma bastante distorcida, como se fôssemos vilões em relação à floresta. Isso não existe”, afirmou. “Essa desinformação é um ataque à nossa economia, que vem, em grande parte, do agronegócio.”

Guerra

Um dia depois de visitar a Rússia de Vladimir Putin, Bolsonaro discutiu com o primeiro-ministro húngaro as tensões políticas e militares na fronteira russa com a Ucrânia.

“Foi uma reunião bastante útil. Além de assinarmos alguns acordos e protocolos de intenção, trocamos informações sobre a possibilidade de uma guerra entre Rússia e Ucrânia”, afirmou. “A guerra não interessa a ninguém. Não interessa ao mundo que dois países entrem em guerra. Todos perdem com isso.”

Orbán

Em seu pronunciamento, feito antes da fala de Bolsonaro, Viktor Orbán manifestou solidariedade às vítimas das enchentes em Petrópolis (RJ), que já mataram mais de 100 pessoas.

O premiê húngaro também destacou o fato de Bolsonaro ter sido o primeiro presidente do Brasil a visitar o país em  uma viagem oficial.

Orbán comentou a situação na Rússia e na Ucrânia e disse que a Hungria trabalha para evitar uma guerra na região. Ele também defendeu os valores da família tradicional e ressaltou a importância do livre comércio.

Antes da reunião bilateral com o chefe de governo da Hungria, Bolsonaro participou de uma cerimônia em homenagem aos heróis húngaros. Ele depositou uma coroa de flores na Lápide Memorial, um dos símbolos do país. Em seguida, reuniu-se com o presidente János Áder. Revista oeste

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