CBF pede ao Ministério da Saúde aval para receber vacinas enviadas pela Conmebol

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Conmebol recebeu lote de vacinas da China via Uruguai | Foto: Divulgação/Conmebol

Se a Conmebol anunciou nesta quinta-feira o início da distribuição das doses da vacina contra a Covid-19 aos países sul-americanos, a CBF começou o trâmite junto ao Ministério da Saúde em busca da autorização para receber sua parte entre as 50 mil doses doadas pela Sinovac.

Após conversas com integrantes do governo, a CBF nesta semana formalizou a demanda, em ofício. O publico-alvo da vacina é formado por jogadores, comissões técnicas e profissionais que atuam nos jogos.

A CBF estava relativamente pessimista quanto à permissão de recebimento do lote, mas viu o cenário mudar quando o próprio governo federal definiu que todos os credenciados para os Jogos Olímpicos de Tóquio estão no grupo prioritário para vacinação.

— Não vejo diferença entre uma seleção olímpica de futebol e outra que vai disputar a Copa América. Não pediríamos uma exceção para o futebol. Ao ser aberta essa possibilidade, achamos que é justo — disse ao GLOBO Jorge Pagura, presidente da comissão médica da CBF.

Os dirigentes brasileiros entendem que outro argumento favorável para liberar a vacinação da “família do futebol”, como diz a Conmebol, é o fato de as doses não fazerem parte do contingente de vacinas adquirido pelo governo ou produzido aqui.

A Conmebol conseguiu as doses como doação da chinesa Sinovac Biotech. A negociação foi intermediada pelo governo do Uruguai. O foco é garantir a Copa América, em junho, e manter ativos os torneios continentais de clubes: Libertadores e Sul-Americana.

Em caso de resposta positiva do Ministério da Saúde, a CBF ainda precisa conduzir trâmites adicionais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

— Temos que ver o lote da vacina, embora seja a Coronavac, já aprovada emergencialmente no país. Eu tomei. Não adianta ter pressa, tem uma série de passos a serem tomados. A CBF deu o seu — completou Pagura.

Se tiver o aval das autoridades sanitárias, a CBF terá que fiscalizar o devido uso das doses e prestar contas à Conmebol. A entidade sul-americana diz que o protocolo “praticamente garante que cada dose tenha um nome e sobrenome”.

Na fila criada pela Conmebol, os primeiros a serem vacinados serão os membros das dez seleções que participarão da Copa América, na Colômbia e Argentina, e dos times que estão na Libertadores e Sul-Americana. Posteriormente, entram times masculinos e femininos da primeira divisão de cada país, assim como árbitros e outros envolvidos na organização dos jogos.

O Globo

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