O investimento da Secretaria de Estado da Polícia Militar foi de R$ 11 milhões, provenientes do Estado e da União. Na estimativa da corporação, de janeiro a agosto foram recolhidas 10 toneladas de material de barricadas de favelas da região metropolitana, o que corresponde a 95% de todas as barreiras removidas no Estado.
“Para impedir a entrada dos blindados, de 2004 para cá, os criminosos usavam óleo nas ruas, e evoluíram para barricadas com carcaças de carro, entulho, geladeiras e tonéis com concreto”, disse Jorge Antonio Oliveira, operador do maquinário do Bope ao jornal O Globo.
No entanto, o crime organizado evoluiu nas táticas para tentar impedir que a polícia avance em territórios dominados pelo tráfico. “Agora, são trilhos fincados em sapatas de grande profundidade e fosso”, observou Oliveira. “Inicialmente, empurrávamos com os blindados, mas isso danificava os veículos. Daí a necessidade das retroescavadeiras. Nas favelas íngremes, há uma novidade: imensos portões de puro aço.”
Um estudo da Subsecretaria de Inteligência da PM, baseado em imagens feitas por drone ou por filmagens e fotos produzidas durante as operações, listou 209 barricadas no Salgueiro, 60 no Jacarezinho e 20 no Alemão.
“Não podemos permitir áreas fortificadas, guetos”, disse o secretário estadual da PM, coronel Luiz Henrique Marinho Pires. “O Estado tem que estar e entrar em qualquer lugar. Mesmo que no dia seguinte tenha que voltar lá para retirar uma nova barricada.” Litoral