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A artista plástica pernambucana Juliana Notari lançou a obra chamada Diva: uma vagina de 33 de metros de altura, 16 de largura e 6 metros de profundidade, recoberta por concreto armado e resina. A peça está localizada na Usina Santa Terezinha, em Água Preta, município da Zona da Mata Sul de Pernambuco.
A vagina gigante faz parte do projeto Usina de Arte, que recuperou o espaço e o transformou em um grande museu a céu aberto, propondo novas visões da arte. A artista desenvolveu o projeto Diva enquanto fazia residência cultural no local.
“Diva é uma Land Art, uma enorme escavação em formato de vulva/ferida medindo 33 metros de altura, por 16 metros de largura e 6 metros de profundidade, recoberta por concreto armado e resina”, contou Juliana Notaria, em seu post nas redes sociais.
“Em Diva, utilizo a arte para dialogar com questões que remetem à problematização de gênero a partir de uma perspectiva feminina aliada a uma cosmovisão que questiona a relação entre natureza e cultura na nossa sociedade ocidental falocêntrica e antropocêntrica. Atualmente essas questões têm se tornado cada vez mais urgentes”, explica Juliana Notari.
Repercussão
Nas redes sociais, diversas pessoas criticaram a artista e sua obra.
“Horrível, de extremo mau gosto! Aonde [SIC] isso é arte?”, questionou uma seguidora.
A obra também recebeu elogios. Apoiadores defenderam a visão provocativa e questionadora da artista pernambucana.
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A mão de obra utilizada para construção de ‘Diva’ também causou polêmica. Fotos compartilhadas por Juliana Notari, que é uma mulher branca, mostrando homens – pelo que se vê, pelo menos, a maioria deles negra – trabalhando na obra também foram problematizadas no Twitter.
“Só achei meio estranha mesmo a mão-de-obra inteira composta por homens negros e pobres. Zero mulheres envolvidas na construção. Complicado analisar só a obra em si, ao invés do processo que a fez ser o que é. Ignorar os processos de feitura da obra deixa passar essas contradições”, escreveu um usuário no Twitter.
Uma outra contrapôs: “Vocês falam como se houvesse mão de obra feminina disponível… e ótimo ver os os machos fazendo uma obra dessa”.
Com informações de Metrópoles e NE10