Fux cria grupo com Wagner Moura para monitorar episódio na Amazônia

Frente de trabalho do CNJ vai acompanhar investigações sobre desaparecimento de indigenista e de jornalista inglês

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Atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro Luiz Fux anunciou na última terça-feira, 14, a criação de um grupo de trabalho para monitorar o episódio do desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. A frente vai contar com a presença do ator e diretor Wagner Moura.

Outras personalidades reforçam o grupo de Fux, além de Wagner Moura. Também integram a frente de trabalho do CNJ o fotógrafo Sebastião Salgado, a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, e a juíza auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça, Livia Cristina Marques Peres.

Segundo Fux, o grupo atuará no âmbito do Observatório do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, que já funciona no conselho. A intenção da frente de trabalho é “acompanhar as ações que estão sendo executadas na busca dos referidos desaparecidos” e “propor medidas que visem a aprimorar a atuação do Poder Judiciário nas questões relacionadas.”

 

Sobre o episódio

Bruno Pereira e Dom Phillips estão desaparecidos na Amazônia desde 5 de junho. Eles foram vistos pela última vez na região do Vale do Javari (AM), ao passar pela comunidade de São Rafael, numa área marcada por conflitos relacionados ao tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo ilegal.

A região do Vale do Javari é a segunda maior terra indígena do Brasil, equivalente ao território de Portugal, com pouco mais de 90 mil quilômetros quadrados. O acesso ao local é considerado difícil pelas autoridades, o que atrapalha as buscas pelos desaparecidos. Atuam na área cerca de 250 agentes da Polícia Federal, integrantes da Marinha, do Exército, das Polícias Militar e Civil do Amazonas. Vivem na região ao menos 10 mil indígenas.

Pereira é servidor afastado da Funai e sofria ameaças de garimpeiros que atuam na área. O jornalista, que colabora para o jornal The Guardian, recebeu no ano passado uma bolsa da Fundação Alicia Patterson, dos EUA, para investigar a preservação e a conservação da Amazônia. Fonte revista oeste

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