O Hemocentro de Ribeirão Preto (SP) quer ampliar nos próximos meses o estudo sobre uso plasma de pessoas curadas da Covid-19 no tratamento de pacientes em estado grave, de acordo com o médico Gil de Santis, do Hospital das Clínicas (HC).
A pesquisa teve início em abril e já aplicou o material em 43 pacientes. Eles estavam internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e respiravam com ajuda de aparelhos. No entanto, ainda não é possível comprovar a eficácia do tratamento, segundo o médico.
Para dar continuidade à pesquisa, o Hemocentro, que é centro de referência em hemoterapia no estado de São Paulo, quer incluir mais 120 pessoas no projeto até outubro.
Os pesquisadores esperam receber mais doações de pacientes que testaram positivos para o coronavírus nos próximos dias, especialmente de doadores com sangue tipo A.
“Trata-se de um estudo controlado. Não sabemos quando esse estudo vai ser encerrado. A previsão é levarmos dois, três meses na fase de inclusão de pacientes, para depois analisar os resultados e divulgar a pesquisa”, diz o médico.
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) permitiu o início de testes clínicos com plasma de pacientes em São Paulo. — Foto: Reprodução/TV Globo
Os interessados precisam ter entre 18 e 60 anos e rede venosa de fácil acesso nos braços . A doação não oferece risco aos voluntários, segundo os pesquisadores.
“O plasma é coletado por uma máquina em que uma veia é puncionada, o sangue é aspirado para dentro da máquina, os componentes são separados, os glóbulos vermelhos são devolvidos para o doador e uma parte do plasma é retida em uma bolsa”, explica o médico.
Os interessados em doar plasma podem entrar em contato com o Hemocentro pelo telefone 0800 979 6049 ou no e-mail [email protected] .