O bilionário Elon Musk falou em demissões na primeira reunião com funcionários do Twitter, na última quinta-feira, 16. Por meio de uma chamada de vídeo, o empresário comentou sobre os avanços no processo de aquisição da plataforma de tecnologia, em uma transação acordada em US$ 44 bilhões.
Musk confirmou que pretende enxugar o quadro de funcionários do Twitter, caso o processo de compra seja bem-sucedido. Atualmente, as duas partes lidam com trâmites burocráticos, em que o empresário exige receber relatório sobre contas falsas ou de robôs para avançar na aquisição.
O controlador da montadora Tesla e da empresa de exploração espacial SpaceX disse que as demissões dependeriam da situação financeira da empresa.
“A empresa precisa ficar saudável. Neste momento os custos superam a receita”, disse Musk. “Qualquer um que seja um colaborador significativo não deve se preocupar”, acrescentou.
Na conversa com os funcionários, na primeira interação desde a oferta de compra em abril, Musk também abordou outros temas, como trabalho remoto, liberdade de expressão e até potencial vida extraterrestre.
A conversa também abordou a questão do trabalho remoto. Sobre o tópico, Musk manifestou a preferência pelo regime presencial, “a menos que alguém seja excepcional”, afirmou.
Impasse na compra
Em abril, o Conselho de Administração do Twitter aceitou a oferta de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 220 bilhões) de Musk para comprar a empresa e fechar seu capital. No entanto, o empresário exige receber relatórios sobre transparência de contas antes de prosseguir com a aquisição.
Não é fácil para nenhum dos lados deixar o acordo. Musk e Twitter assinaram um documento detalhado estipulando exatamente o que cada uma das partes deve fazer para garantir que o negócio seja fechado. No termo, deixaram claro quais direitos legais cada um tem se o outro não cumprir o combinado.
Ambos os lados também concordaram em pagar uma taxa de rompimento de US$ 1 bilhão se recuarem antes de selar a transação.