A Polícia Federal fez uma apreensão de 6 mil metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente da Amazônia, no Rio Mamuru, no Amazonas. Essas toras encheriam 300 contêineres. Uma das quatro balsas que faziam o transporte encalhou e o dono da embarcação foi preso.
De acordo com as investigações, a madeira apreendida ia para Belém e de lá seguiria para a Europa. Segundo a PF, o dono dessa madeira falsificou os documentos de origem florestal. Ele declarou que transportava espécies mais comuns, com pouco valor de mercado. Mas a perícia comprovou que aqui estão espécies raras e valiosas, como o Ipê e a Massaranduba.
Apreensões gigantes como essa mostram o tamanho da cobiça pela madeira da Amazônia. Diante das evidencias do desmonte das políticas de proteção ambiental de combate a esses crimes, e acuado pela pressão internacional, o governo chegou a apontar o dedo para os estrangeiros, dizendo que o problema maior vem de fora.
Em fevereiro deste ano, por despacho, e ignorando a recomendação dos especialistas do órgão, Eduardo Bim, presidente do Ibama, mudou a instrução normativa que exigia a presença de um fiscal no porto para liberar a exportação de madeira. O único documento exigido agora é o DOF, documento de origem florestal, uma autodeclaração preenchida pelo próprio madeireiro.
