Presidente eleito da Colômbia propõe acordo de cessar-fogo com guerrilha

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O presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, pediu nesta terça-feira, 5, um cessar-fogo bilateral ao Exército de Libertação Nacional (ELN), grupo guerrilheiro marxista-leninista. O ELN é a última guerrilha ativa do país, depois do fim das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em 2017.

“Chegou a hora da paz”, disse Petro, em entrevista à rede colombiana WRádio. “Mandei essa mensagem não somente ao ELN, mas a todos os grupos armados em vigor.”

Depois da eleição de Petro, em junho deste ano, o grupo marxista-leninista declarou total disposição para iniciar as negociações de paz com o primeiro governante de esquerda da história colombiana.

Entre 2010 e 2018, durante o governo de Juan Manuel Santos (Partido Social), o ELN manteve alguns diálogos com o Estado. Contudo, o processo foi interrompido pelo atual presidente do país, Iván Duque. O fato ocorreu em 2019, após alguns membros do grupo atacaram uma escola militar com um carro-bomba, em Bogotá.

Petro, que vai assumir a Presidência em 7 agosto, já afirmou em diversas ocasiões que estaria à disposição para retomar o diálogo com o grupo marxista-leninista, depois das “lições aprendidas com o acordo com as Farc”, assinado em 2016.

A ELN surgiu em 1964, no auge da Revolução Cubana. Atualmente, tem 2,5 mil guerrilheiros.

Negociações com a Venezuela

Durante a entrevista, o ex-guerrilheiro também afirmou que uma de suas prioridades é uma negociação com a Venezuela. Trata-se de um consenso que pretende combater os grupos armados operantes na fronteira entre os dois países. Petro disse que vai abrir um comércio na área, enquanto recupera o controle territorial.

Depois das eleições, Petro e ditador Nicolás Maduro conversaram pela primeira vez por telefone. Ambos anunciaram a retomada das relações entre os dois países, encerradas durante o governo Duque. Em 2019, o atual governo da Colômbia reconheceu Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela. Revista oeste

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