Senador eleito vai entrar com ação contra instituto de pesquisa

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O senador eleito por Rondônia, Jaime Bagatolli (PL), vai entrar com uma ação contra um instituto de pesquisa que, segundo ele, trouxe prejuízos para a sua candidatura. Primeiro colocado no Estado nas eleições de 2 de outubro, Bagatolli alega que acumulou perdas financeiras e emocionais ao longo do período eleitoral, devido aos números apresentados pela instituição de pesquisa.

“Estou entrando com uma ação contra o Ipec, que é o antigo Ibope. Na eleição passada o Ibope me prejudicou, porque ele me colocava em oitavo, e eu fiquei em segundo, e nesta eleição eles foram muito mais maldosos. Foi uma coisa ridícula o que eles fizeram agora. Eles me colocavam com 8%, e eu fiz mais de 30%”, afirmou o senador eleito a Oeste.

A ação anunciada pelo senador coloca mais lenha na fogueira em que queimam as pesquisas eleitorais desde o fim do primeiro turno das eleições. Desde que as urnas foram fechadas, iniciaram-se as conversas para que a proposta do projeto de pesquisas seja colocada em votação. A mobilização está sendo coordenada pelo líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR).

O projeto é de autoria do próprio líder do governo e prevê prisão de até dez anos para quem publicar pesquisa divergente nos 15 dias anteriores ao pleito. Ainda não há prazo para votação.

“Essas instituições de pesquisas, elas têm de pagar, porque eu fui prejudicado. Essa ação é por perdas e danos, porque eles me prejudicaram na eleição passada e quase me prejudicam de novo”, disse o senador eleito.

Bagatolli defende a ideia de que haja uma baliza para a atuação dos institutos de pesquisas e uma criminalização para o caso de estimativas que se mostrem com ampla margem de diferença com o resultado das urnas.

“Tem de colocar limites e punições, porque, se não tiver nenhuma regra, eles vão continuar com isso. Eles estão prejudicando o Bolsonaro, prejudicaram nossa eleição. Eles acabam influenciando muito o eleitor na hora do voto”, alega o parlamentar eleito.

Apesar das críticas feitas às pesquisas de forma mais intensas pelos apoiadores de Bolsonaro, no Senado ainda não há nenhum projeto em tramitação para colocar limitações aos institutos de pesquisa.oeste

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