STF vai definir o substituto de Dallagnol na Câmara

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O Supremo Tribunal Federal (STF) pretende dar fim ainda nesta semana ao imbróglio sobre quem vai substituir Deltan Dallagnol como um dos representantes do Paraná na Câmara dos Deputados. A presidente da Corte, ministra Rosa Weber, inseriu o assunto na pauta do plenário virtual.

Pela atitude de Rosa, os dez integrantes do STF terão até às 23h59 de sexta-feira 9 para votar sobre como a questão será resolvida. O tema entrou na pauta do plenário virtual, sistema pelo qual os ministros somente informam suas decisões, sem a necessidade de discussões, depois que Dias Toffoli atendeu, em caráter liminar, ao pedido feito por Luiz Carlos Hauly.

Membro do Podemos, mesmo partido de Dallagnol, Hauly entende que ele deve ser o herdeiro da vaga. Isso porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu, ao cassar o mandato do ex-procurador da Lava Jato, que os votos deveriam ser preservados e contabilizados em favor da legenda. Entendimento esse acatado por Toffoli na quarta-feira 7.

A decisão de Toffoli, no entanto, diverge do entendimento do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PE). Mesmo com o parecer do TSE, o órgão estadual da Justiça Eleitoral entendeu que, com a cassação de Dallagnol, Itaim Paim, do Partido Liberal (PL), deveria ser diplomado deputado federal eleito. De acordo com o TRE-PR, Hauly não alcançou o quociente eleitoral mínimo.

A saber, Hauly recebeu pouco menos de 12 mil votos nas eleições de 2022. Paim, por sua vez, foi a escolha de mais de 47 mil eleitores paranaenses.

STF, Dallagnol e a vaga na Câmara dos Deputados

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Plenário da Câmara dos Deputados | Foto: Divulgação

A entrada do caso sobre Hauly ou Paim na pauta do Supremo é mais uma derrota para Deltan Dallagnol no Poder Judiciário. Ele recorreuao STF na tentativa de voltar ao cargo no Congresso Nacional. No entanto, de forma liminar, Toffoli rejeitou o pedido dele — e essa ação ainda não entrou na pauta da Corte.

Dallagnol recebeu mais de 344 mil votos na disputa eleitoral do ano passado. Assim, ele foi o candidato mais bem votado no Paraná para o cargo de deputado federal. O TSE, contudo, cassou o mandato dele. De acordo com o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, o ex-procurador tentou “burlar” a Lei da Ficha da Limpa. Revista oeste

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