Venezuela e Afeganistão fora do Conselho de Direitos Humanos da ONU

0

A Venezuela e o Afeganistão ficaram hoje de fora da lista de 14 países eleitos para o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) para o mandato 2023-2025.
A Venezuela – cuja participação foi fortemente contestada por organizações não-governamentais (ONG) devido às denúncias e aos registos de repressão associados ao Governo liderado por Nicolás Maduro -, foi derrotada pelo Chile e pela Costa Rica, que concorriam pelas duas vagas disponíveis no grupo da América Latina e Caraíbas, tendo alcançado apenas 88 votos dos 97 necessários para se eleger.

O Chile conseguiu 144 votos favoráveis e a Costa Rica 134, dos 190 países presentes na eleição que decorreu na Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque.

Juntamente com a América Latina e Caraíbas, o grupo da Ásia-Pacífico foi igualmente muito disputado, com seis países a concorrerem por quatros assentos livres.

Bangladesh (160 votos), Maldivas (154), Vietname (145) e Quirguistão (126) conseguiram a eleição, deixando de fora deste Conselho da ONU a Coreia do Sul (123) e o Afeganistão – onde o regime talibã tem imposto graves violações de Direitos Humanos – que reuniu apenas 12 votos a seu favor.

A África do Sul (182 votos), Algéria (178), Marrocos (178) e Sudão (157) concorreram, sem oposição, às quatro vagas disponíveis no grupo dos Estados africanos, assim como a Geórgia (178) e a Roménia (176) que conseguiram os dois lugares disponíveis para o grupo do leste europeu.

A Bélgica e a Alemanha eram os únicos Estados a votos para os dois assentos destinados à Europa ocidental e alcançaram 169 e 167 votos, respetivamente.

Os resultados da votação, que foi secreta, foram anunciados pelo presidente da Assembleia-Geral da ONU, o diplomata húngaro Csaba Korosi.

Os membros do Conselho servirão por um período de três anos, com início a 01 de janeiro de 2023, e não poderão ser reeleitos imediatamente após dois mandatos consecutivos.

O Conselho de Direitos Humanos, com sede em Genebra, é composto por 47 países, eleitos para mandatos de três anos, e desde a sua criação tem sido frequentemente criticado por integrar Estados com registos duvidosos nesse campo.

Em abril passado, num passo muito incomum, a Assembleia-Geral da ONU expulsou a Rússia do Conselho de Direitos Humanos devido a alegados crimes de guerra e crimes contra humanidade cometidos no contexto do conflito na Ucrânia.msn

Leia Também: ONU. 17 países disputam 14 vagas para o Conselho de Direitos Humanos

Artigo anteriorCaráter? Datena se explica após reunião com Lula: “Não apoio ninguém na eleição”
Próximo artigoMaioria dos prefeitos do Rio Grande do Norte apoia Bolsonaro

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui