‘Barra bravas’ tentaram roubar caixão de Maradona

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  1. A briga entre a polícia e o público que encerrou o velório de Diego Maradona, na última quinta (26), foi causada para impedir que “barra bravas” roubassem o caixão de Diego na Casa Rosada. Foi o que garantiu o comentarista esportivo Fernando Niembro, de 72 anos, que trabalha com o assunto na Argentina há mais de 40.
    Caixão de Diego Maradona tem bandeira da Argentina e camisas da seleção argentina e do Boca Juniors Imagem: Handout / Argentinian Presidency / AFP

    Os “barra bravas” são os violentos que integram as torcidas organizadas no país. O relato de Niembro foi transmitido em um dos programas de TV mais assistidos de Buenos Aires no fim de semana, o Almorzando con Mirtha Legrand, do Canal 13, e ele assegurou ter conversado com os torcedores e conhecido a real intenção dos choques com os policiais nos arredores da Casa Rosada e da Praça de Maio.

    Os violentos quiseram aparecer. Sabe para quê? Queriam levar o caixão até o cemitério”, revelou Niembro. “Viam Maradona como uma oferenda. No mundo, os líderes políticos são levados no ombro. E os barras têm muita capacidade para fazer dano na Argentina. Eles entendiam que Maradona já lhes pertencia. Se isso [o roubo] acontece, queriam levá-lo até o estádio do Boca e do Argentinos Juniors”, completou.

    O Canal 13 mostrou depois imagens dos barras no Pátio das Palmeiras na Casa do Governo. Todos, de fato, se comportavam como se estivessem numa arquibancada, cantando e tocando instrumentos musicais. Rafa Di Zeo, um dos líderes da Doce, principal barra do Boca, esteve na cerimônia íntima reservada à família na Casa Rosada. Di Zeo e Maradona eram amigos, e Diego esteve inclusive em seu casamento.

    Além da torcida do Boca, brigaram com a polícia também as barras do Almirante Brown, do Racing e do Gimnasia y Esgrima de La Plata, equipe que era treinada por Maradona. A presença dos barras do Gimnasia desatou fúria também do “público comum”: enquanto os torcedores organizados chegavam e entravam, os fanáticos passavam até cinco horas na fila para ficar apenas dez segundos em frente ao caixão de Diego.

    ** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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