Governo estima déficit de R$ 787 bi nas contas públicas em 2020 devido a pandemia

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Foto: Kelly Oliveira/Agência Brasil

O Ministério da Economia atualizou nesta quarta-feira (22) sua estimativa para o déficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) a R$ 787,45 bilhões em 2020, conforme relatório de receitas e despesas do terceiro bimestre.

Até então, a previsão de rombo primário era de R$ 795,6 bi.

O cálculo levou em conta uma projeção de queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 4,7%, conforme divulgado pela Secretaria de Política Econômica na semana passada.

Antes disso, a conta mais recente era de rombo primário de R$ 795,6 bilhões neste ano, ou 11,5% do PIB, mas feita com base em retração de 6,5% da atividade, retirada do boletim Focus à época.

Para este ano, o governo tinha autorização para registrar em suas contas um déficit primário de até R$ 124,1 bilhões. Entretanto, com o decreto de calamidade pública, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso Nacional devido à pandemia do novo coronavírus, o governo não está mais obrigado a cumprir a meta, ou seja, está autorizado a gastar o que for preciso para combater a pandemia.

No relatório do segundo bimestre, a expectativa era de um déficit de R$ 540,534 bilhões. Por conta do estado de calamidade pública, o governo não precisará cumprir neste ano a meta de déficit primário, de R$ 124,1 bilhões.

No relatório, o governo elevou as despesas primárias calculadas para o ano em R$ 229,301 bilhões, a R$ 1,983 trilhão, principalmente pelos créditos extraordinários adicionais para enfrentamento à crise do coronavírus, como os ligados à extensão por dois meses do auxílio emergencial. Para a receita líquida, a conta foi diminuída em R$ 17,615 bilhões, a R$ 1,195 trilhão.

R7 e O Globo

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