Faltam apenas 27 dias para o início da Olimpíada de Inverno, que será realizada na cidade de Pequim, na China, e os dias que antecedem as disputas contradizem com o cenário repleto de neve e temperaturas baixas. Com boicotes diplomáticos vindos de diversos países e aumento no número de casos de Covid-19, o clima é de apreensão para os organizadores da disputa.
Nesta última sexta-feira (7/1), a Coreia do Norte divulgou uma carta culpando “forças hostis” e o aumento dos casos ligados ao vírus para não comparecerem à disputa. A carta divulgada pela KNCA, agência estatal, não especificou se a ausência seria do corpo diplomático norte-coreano ou de sua equipe de atletas.
A Coreia do Norte ainda condenou o boicote anunciado pelos Estados Unidos. Os norte-americanos enviarão seus atletas para a disputa dos jogos, mas nenhum representante diplomático se fará presente durante a competição. O motivo seriam as violações dos direitos humanos praticados pelo governo chinês.
Os chineses criticaram duramente a decisão dos americanos, alegando que eles não estavam respeitando o princípio de neutralidade política dentro do esporte.
A decisão americana, no entanto, não foi isolada. Canadá, Austrália e Reino Unido seguiram o exemplo norte-americano e não enviaram autoridades para Pequim. Suas equipes, no entanto, seguirão na briga por medalhas.
Fator Covid
O outro fator que tem causado tensões nos bastidores dos Jogos de Pequim é justamente com relação ao novo aumento de número de casos da doença no país. No fim do ano passado, a China reestabeleceu lockdowns e processos de desinfecção em algumas cidades.
Na segunda-feira (3/1), Cristophe Dubi, diretor executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI), demonstrou preocupação pela possibilidade de uma grande quantidade de atletas contaminados durante a disputa.
O Comitê Organizador, por outro lado, rebateu reforçando que os jogos ocorrerão normalmente. Essa garantia já havia sido dada em novembro.
As Olimpíadas de Inverno ocorrerão entre os dias 4 e 20 de fevereiro. Metrópole
