Em meio às apurações, a 30º Delegacia de Polícia (São Sebastião) ouviu o depoimento das duas filhas e um neto que estavam com ela durante as compras dos itens para comemorar o aniversário da idosa. Os funcionários da rede atacadista também prestaram esclarecimentos.
Diante disso, o delegado Ulysses Fernandes afirmou que as investigações demonstram que “não houve crime praticado por qualquer funcionário do estabelecimento e que não houve a intenção dos funcionários em ofender a honra dessa senhora”, disse. Além disso, não houve qualquer atuação por parte dos seguranças e elafoi abordada pela a caixa e os fiscais de caixa. Milta poderá recorrer ao judiciário para uma reparação na esfera civil.
Oliveira, 29 anos, afirmou que a família está focada em levá-la para casa com saúde. “A príncipio, ela terá alta nos próximos dias”, adianta.
Estado de Saúde
Na tarde desta terça-feira (1º/12), Milta passou por um procedimento de cateterismo.Em nota, o Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) informou que Milta será transferida da UTI para a enfermaria ainda nesta quarta-feira (2/12). Ela está com quadro de saúde estável e segue sendo acompanhada pelas equipes de saúde e realizando exames de rotina, como ecocardiograma e laboratoriais.
Entenda o caso
No último sábado (28/11), a idosa Milta de Jesus Oliveira, as duas filhas e um neto foram às compras na Super Adega, do Jardim Botânico, para comemorar o aniversário da idosa em 30 de novembro. Ao entrarem no estabelecimento, já havia um rumor de que uma pessoa teria calçado um par de sandálias e saído da loja sem pagar. As características da autoria do furto informadas ao mercado eram da avó de Sandrine, que teria passado a ser monitorada pelos seguranças.
Ao pagar as compras no total de R$ 600, uma operadora de caixa abordou Milta de maneira brusca e a acusou de ter furtado os chinelos que ela usava, segundo a família. Milta negou e confirmou que o calçado pertencia a ela e que havia sido um presente de uma de suas netas.
Ao conferir as imagens de câmeras de segurança, os funcionários constataram que Milta dizia a verdade, pediram desculpas e ofereceram água. No entanto, por causa do estresse emocional, a senhora passou mal e sentiu dor no peito, ânsia de vômito e fadiga.
O delegado ressalta que “tudo não passou de um mal entendido” e explicou que um funcionário viu a senhora experimentando algumas sandálias e, posteriormente, viu a idosa calçada com um chinelo semelhante. Diante de toda a situação, o supervisor de caixa pediu para que a operadora indagasse Milta sobre o par de sandália.
Veja na íntegra a resposta do Grupo Super Adega
Por meio desta nota oficial, o Grupo Super Adega vem prestar esclarecimentos acerca dos fatos ocorridos no dia 28/11/2020, por volta das 18h, na loja do Jardim Botânico envolvendo a Sra. Milta Jesus de Oliveira, nossa cliente. Em razão de comorbidades e doenças pré-existentes, a Sra. Milta teve um quadro de mal súbito após sentir-se constrangida por um de nossos colaboradores devido à ocorrência de fato isolado e também devido à sua idade.
O Grupo Grupo Super Adega informa que, tão logo tomou conhecimento dos fatos, por intermédio da Diretoria da empresa e da Gerência de RH, deu início a rigorosa apuração dos fatos e entrou em contato com a Sra. Sandrine, neta da nossa cliente. Após o contato, foi prestada toda a assistência psicológica, emocional e médico-hospitalar a fim de garantir que a Sra. Milta recebesse o melhor tratamento possível diante do ocorrido e tivesse acesso ao tratamento médico adequado e especializado para o quadro que apresentou.
Ressaltamos que sentimos muito pelos fatos relatados e, desde já, pedimos desculpa pelo ocorrido. A nossa empresa preza pelo bom relacionamento e gentileza com nossos clientes, é um grupo sério e não compactua ou incentiva qualquer tipo de ação ou omissão que possa causar constrangimento ou gerar situação discriminatória, vexatória, de injúria ou racismo aos nossos clientes.