PCDF conclui que idosa não furtou par de chinelos em rede atacadista

O estado de saúde da idosa Milta Jesus de Oliveira, 75 anos, está estável após fazer cateterismo. De acordo com as investigações, ficou concluído que os funcionários não tiveram a intenção de "ofender a honra dessa senhora", afirma o delegado.

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu, nesta terça- feira (1º/12), as investigações do caso da idosa Milta de Jesus Oliveira, 75 anos, que ficou internada na UTI após ter sido acusada injustamente de furtar um par de chinelos em uma rede atacadista, no último sábado (28/11). De acordo com o delegado responsável pelo caso, Ulysses Fernandes, as imagens do circuito interno do estabelecimento confirmaram que a senhora não cometeu nenhum crime.

Em meio às apurações, a 30º Delegacia de Polícia (São Sebastião) ouviu o depoimento das duas filhas e um neto que estavam com ela durante as compras dos itens para comemorar o aniversário da idosa. Os funcionários da rede atacadista também prestaram esclarecimentos.

Diante disso, o delegado Ulysses Fernandes afirmou que as investigações demonstram que “não houve crime praticado por qualquer funcionário do estabelecimento e que não houve a intenção dos funcionários em ofender a honra dessa senhora”, disse. Além disso, não houve qualquer atuação por parte dos seguranças e elafoi abordada pela a caixa e os fiscais de caixa. Milta poderá recorrer ao judiciário para uma reparação na esfera civil.

Oliveira, 29 anos, afirmou que a família está focada em levá-la para casa com saúde. “A príncipio, ela terá alta nos próximos dias”, adianta.

Estado de Saúde

Na tarde desta terça-feira (1º/12), Milta passou por um procedimento de cateterismo.Em nota, o Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) informou que Milta será transferida da UTI para a enfermaria ainda nesta quarta-feira (2/12). Ela está com quadro de saúde estável e segue sendo acompanhada pelas equipes de saúde e realizando exames de rotina, como ecocardiograma e laboratoriais.

Entenda o caso

No último sábado (28/11), a idosa Milta de Jesus Oliveira, as duas filhas e um neto foram às compras na Super Adega, do Jardim Botânico, para comemorar o aniversário da idosa em 30 de novembro. Ao entrarem no estabelecimento, já havia um rumor de que uma pessoa teria calçado um par de sandálias e saído da loja sem pagar. As características da autoria do furto informadas ao mercado eram da avó de Sandrine, que teria passado a ser monitorada pelos seguranças.

Ao pagar as compras no total de R$ 600, uma operadora de caixa abordou Milta de maneira brusca e a acusou de ter furtado os chinelos que ela usava, segundo a família. Milta negou e confirmou que o calçado pertencia a ela e que havia sido um presente de uma de suas netas.

Ao conferir as imagens de câmeras de segurança, os funcionários constataram que Milta dizia a verdade, pediram desculpas e ofereceram água. No entanto, por causa do estresse emocional, a senhora passou mal e sentiu dor no peito, ânsia de vômito e fadiga.

O delegado ressalta que “tudo não passou de um mal entendido” e explicou que um funcionário viu a senhora experimentando algumas sandálias e, posteriormente, viu a idosa calçada com um chinelo semelhante. Diante de toda a situação, o supervisor de caixa pediu para que a operadora indagasse Milta sobre o par de sandália.

Veja na íntegra a resposta do Grupo Super Adega  

Por meio desta nota oficial, o Grupo Super Adega vem prestar esclarecimentos acerca dos fatos ocorridos no dia 28/11/2020, por volta das 18h, na loja do Jardim Botânico envolvendo a Sra. Milta Jesus de Oliveira, nossa cliente. Em razão de comorbidades e doenças pré-existentes, a Sra. Milta teve um quadro de mal súbito após sentir-se constrangida por um de nossos colaboradores devido à ocorrência de fato isolado e também devido à sua idade.

O Grupo Grupo Super Adega informa que, tão logo tomou conhecimento dos fatos, por intermédio da Diretoria da empresa e da Gerência de RH, deu início a rigorosa apuração dos fatos e entrou em contato com a Sra. Sandrine, neta da nossa cliente. Após o contato, foi prestada toda a assistência psicológica, emocional e médico-hospitalar a fim de garantir que a Sra. Milta recebesse o melhor tratamento possível diante do ocorrido e tivesse acesso ao tratamento médico adequado e especializado para o quadro que apresentou.

Ressaltamos que sentimos muito pelos fatos relatados e, desde já, pedimos desculpa pelo ocorrido. A nossa empresa preza pelo bom relacionamento e gentileza com nossos clientes, é um grupo sério e não compactua ou incentiva qualquer tipo de ação ou omissão que possa causar constrangimento ou gerar situação discriminatória, vexatória, de injúria ou racismo aos nossos clientes.

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