Plenários do STF e da Câmara julgarão prisão de Daniel Silveira nesta quarta

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O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) foi presos após publicar ofensas a ministros do STF
Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar nesta quarta-feira (17) a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) após o parlamentar publicar um vídeo nas redes sociais com ofensas e ameaças a membros da Corte. As informações são das colunistas da CNN Thaís Arbex e Daniela Lima.

De acordo com as informações obtidas pelas colunistas da CNN, ministros do STF entendem que a Câmara dos Deputados não pode deixar o episódio passar em branco.

A Constituição diz que deputados e senadores só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável. No caso da prisão de um parlamentar, a Constituição determina que “os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”.

O presidente da Câmara, Athur Lira (PP-AL), e o vice, Marcelo Ramos (PL-AM), pediram tranquilidade antes do julgamento no plenário da Casa da decisão de Moares.

A tendência, segundo as colunistas, é que, por causa dos ataques do parlamentar a praticamente todos os ministros da Corte – exceto o presidente, Luiz Fux -, a prisão de Silveira será referendada pela maioria  do STF.

Silveira foi preso em flagrante pela Polícia Federal na noite desta terça-feira. Ele havia publicado nas redes sociais um vídeo no qual fazia apologia a instrumentos da ditadura militar, como o AI-5, e pedia a destituição de ministros do STF, além de ofender os integrantes da Corte.

Sob investigação

Silveira está em seu primeiro mandato na Câmara. Ele ficou conhecido por destruir, durante a campanha de 2018, uma placa de rua que homenageava a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros em março daquele ano.

O parlamentar é investigado no inquérito que mira o financiamento e organização de atos antidemocráticos em Brasília. Em junho de 2020, ele foi alvo de buscas e apreensões pela Polícia Federal e teve o sigilo fiscal quebrado por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Em depoimento, o parlamentar negou produzir ou repassar mensagens que incitassem animosidade das Forças Armadas contra o Supremo ou seus ministros.

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