PT estica a corda contra presidente do BC e lança frente parlamentar

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O PT lançou, nesta terça-feira, 14, a Frente Parlamentar Contra os Juros Abusivos na Câmara dos Deputados. A frente — que ataca a alta na taxa de juros do Banco Central (BC) e o presidente da instituição, Roberto Campos Neto —, conta com a adesão de partidos de extrema esquerda, como o Psol e o PCdoB. A expectativa é de que os trabalhos do grupo sejam retomados e oficializados depois do feriado de Carnaval.

“O BC não pode aplicar um remédio errado e comprometer o crescimento do Brasil”, disse a presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann. “O fato de ter autonomia e ter mandato não dá ao banco, que é uma autarquia do Estado brasileiro, o direito de ser o responsável pela economia no país.”

Há algumas semanas, o partido e o presidente Lula criticam a autonomia do BC. “Vou esperar esse cidadão Campos Neto terminar o mandato dele para a gente fazer uma avaliação do que significou o Banco Central independente”, disse Lula. A gestão do presidente do BC termina em dezembro de 2024. A partir daí, o governo vai poder indicar um novo nome para o cargo.“O tema dos juros tem sido destaque no debate político e econômico nacional”, declarou o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). “Nós não concordamos com a decisão do BC de manter a taxa Selic no patamar de 13,75%, a mais alta taxa de juros reais do mundo. Esse é um tema central para os rumos da economia brasileira, para a geração de empregos e deve ser debatido por toda a sociedade e não somente pelo sistema financeiro.”

O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) também esteve presente no evento e disse defender a frente, alegando que há quatro meses, 60 milhões de brasileiros foram as urnas contra a política econômica do então ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Eles votaram para dizer que não queriam a política econômica do então presidente Jair Bolsonaro e nem de quem participa de grupo de WhatsApp com ministros do Bolsonaro”, declarou Boulos ao mencionar Campos Neto, que fazia parte de um grupo com os chefes das pastas do governo Bolsonaro. Revista oeste

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