TRF anula sentença de Bretas na Lava Jato do Rio de Janeiro

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A Primeira Turma Especializada do Tribunal Regional Federal (TRF) anulou na quarta-feira 1º uma sentença proferida pelo juiz da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro Marcelo Bretas, dentro da Operação Lava Jato fluminense. A Corte entendeu que o magistrado cerceou a defesa de investigados.

Segundo o TRF, Bretas promoveu a oitiva de uma testemunha de acusação contra os empresários Cláudio Vidal e Luis Alberto Gonçalves dentro de uma ação decorrente de uma das fases da Lava Jato do Rio, a Operação Boca de Lobo, que apurou irregularidades durante o governo fluminense de Luiz Fernando Pezão e que acabou levando a sua prisão.

Além disso, Bretas utilizou trechos do depoimento na decisão que condenou os investigados.O advogado dos empresários, Carlo Luchione, apresentou, então, um habeas corpus pedindo anulação da sentença, que foi julgado na quarta-feira.

Ainda ontem, o TRF determinou o afastamento de Marcelo Bretas de todos os casos envolvendo o empresário Arthur de Soares Menezes, conhecido como “Rei Arthur”, um dos principais alvos da Operação Lava Jato no Rio.

A decisão foi tomada pela relatora do caso, desembargadora Simone Schreiber, em sessão na quarta-feira 1º, dentro de um habeas corpus impetrado pelo advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho contra decisão de Bretas de afastá-lo dos casos do “Rei Arthur”, para quem Nythalmar advogava.

O empresário contratou o advogado para se defender da acusação da Lava Jato fluminense de que houve manipulação dos votos para que o Rio fosse escolhido sede das Olimpíadas de 2016.

Bretas, porém, afastou Nythalmar do caso em razão do acordo de delação premiada que Nythalmar fez com a Procuradoria-Geral da República, que apontou possíveis irregularidades na condução da Lava Jato por Bretas. Até hoje a delação não foi homologada. Revista oeste

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