De malas prontas para o Partido Liberal (PL), legenda que abrigou o presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Sanderson(PSL-RS) afirmou nesta segunda-feira, 14, não acreditar que o União Brasil — sigla criada a partir da fusão entre PSL e DEM — apoie o petista Luiz Inácio Lula da Silva em um eventual segundo turno da eleição de outubro.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Sanderson admitiu que dificilmente o União Brasil cerrará fileiras com Bolsonaro no primeiro turno.
“Não está proibido o União Brasil vir a compor com o presidente Bolsonaro. Mas nós sabemos que há deputados que não querem qualquer tipo de composição ou aliança com o presidente, mesmo tendo sido eleitos na onda Bolsonaro”, disse o parlamentar.
O segundo turno é outra eleição. E, pelo que estamos acompanhando, deve ser entre Bolsonaro e Lula. Não acredito que as pessoas votem em Lula, que é um corrupto condenado duplamente, que ficou preso em Curitiba”, completou o deputado.
Sanderson confirmou que se filiará ao PL e apoiará a candidatura à reeleição do presidente da República. “Eu vou para o PL, que é o partido do presidente Bolsonaro. A grande maioria dos deputados do núcleo duro deve migrar para o PL”, afirmou.
Sem citar nomes, o deputado do PSL do Rio Grande do Sul criticou parlamentares eleitos em 2018 graças à grande votação de Bolsonaro — e que se tornaram adversários ferrenhos do chefe do Executivo.
“Esses deputados que se elegeram na onda Bolsonaro em 2018, mesmo não tendo grande representatividade nacional, terão muita dificuldade em 2022”, avalia Sandersaon. “Não tendo apoio dos bolsonaristas, eles provavelmente vão ficar sem pai nem mãe. A esquerda também não vota neles. Terão muitas dificuldades de se reeleger.”
Ainda de acordo com Sanderson, dos 53 deputados eleitos pelo PSL, “cerca de 25 devem migrar para outros partidos”, a maioria para o PL. revista oeste
