Criada em 2004 por decreto presidencial com o objetivo de estabelecer a ordem pública, preservar a segurança do brasileiro e proteger o patrimônio do país, a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) se tornou um dos principais braços do governo federal para assuntos de segurança pública. Com o sucesso de suas operações nos últimos anos, o órgão se tornou um aliado no combate à criminalidade no país. Mas sua atuação, contudo, exige cautela por parte do governo federal.
Inspirada nas Forças de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU), que atuam na resolução internacional de conflitos por meio de tropas enviadas por seus estados-membros, a Força Nacional é um programa de cooperação entre os Estados brasileiros e o governo federal, gerido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, mas sem vinculação com as Forças Armadas. A atuação varia desde o combate às ações de criminalidade ao auxílio de redução de queimadas, o que fortalece a tese de que, nos últimos tempos, a atuação da Força Nacional tem suprido lacunas que as polícias locais, por falta de estrutura e investimentos, não consegue atuar na totalidade.
Justiça e Segurança Pública é o tema escolhido por Oeste nesta quinta-feira, 01, dentro da série de reportagens “Desafios do Brasil”, que será publicada até 2 de setembro, sempre seguindo a seguinte ordem de temas na semana: segunda-feira (Educação), terça-feira (Economia), quarta-feira (Agro e Meio Ambiente), quinta-feira (Justiça e Segurança Pública) e sexta-feira (Saúde). Veja aqui as reportagens do projeto Desafios do Brasil.
“A Força Nacional tem um papel importante – principalmente em crises”, disse Alberto Kopittke, diretor executivo do Instituto Cidade Segura, em entrevista à Oeste. “No entanto, ela não pode ser a principal solução para acabar com a criminalidade. O acionamento da Força deve ser algo pontual, não rotineiro. Não podemos pensar na Força como uma ferramenta para reduzir índice de violência, mas para resolução pontual de problemas.”