A Globo já havia anunciado que faria demissões de jornalistas, para se adequar à realidade financeira do grupo. No ano passado, a emissora teve um prejuízo milionário, com um aumento expressivo nos custos.
Os primeiros profissionais demitidos foram os que trabalhavam na sede do Rio de Janeiro. Os repórteres Eduardo Tchao, Mônica Sanches, Flávia Jannuzzi e Marcelo Canellas foram demitidos na terça-feira 4.
Canellas, que era repórter especial do Fantástico, já estava sabendo da possibilidade de desligamento. O diretor artístico do programa, Jorge Espírito Santo, também foi demitido.
O repórter Eduardo Tchao se despediu da Globo em uma publicação nas redes sociais.
“Entendo a mudança de estratégia da emissora. Quer economizar. O que fazer?”, postou o jornalista, ao dizer que deixa a emissora sem mágoas. “Mas a vida segue. Existe vida fora da TV Globo”, escreveu Tchao.
Outros jornalistas que atuavam no g1, portal de notícias do grupo, também entraram na lista de demissões. Pelo menos outros 15 profissionais que atuavam na redação do Rio foram demitidos.
Na semana passada, o Sindicato dos Jornalistas já havia revelado que as demissões no departamento da emissoraaconteceriam em abril e maio. De acordo com a entidade, o fato teria sido comunicado pelo Departamento de Recursos Humanos da empresa durante uma reunião.
Os cortes atingiriam “os salários mais altos”, que estariam “incompatíveis com o mercado”, segundo o sindicato. Segundo um jornalista que trabalha na redação carioca, “o clima entre os colegas é de velório”.
