Jogador que disputou Mundial vende cheirinho para carro na rua

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Um vidrinho de esmalte, uma mistura de essências que precisou de alguns meses até chegar ao ponto certo, álcool e o logo do time do coração: são esses os três componentes do “cheirinho de carro” vendido pelo jogador profissional Marcos Paulo pelas ruas do centro de Marília (SP).

Cada unidade do produto custa R$ 10, dura cerca de duas semanas, e é com a grana das vendas que o atleta ajuda a pagar as contas da casa em que mora com os pais e dois irmãos. Nem sempre foi essa a fonte de renda de Marcos, jogador profissional com passagem por quatro clubes desde os 15 anos.

Há menos de um ano, o mariliense estava no Qatar disputando o Mundial de Clubes pelo Hienghène Sports, time da Nova Caledônia, colônia francesa na Nova Zelândia, eliminado logo na estreia do torneio. O contrato temporário veio seguido de uma proposta oferecida pelo Próspera, time de Santa Catarina. O jogador aceitou, mas o contrato foi rescindido antes mesmo de ele estrear após a troca da direção técnica do time.

Desde então — a negociação aconteceu no começo deste ano —, Marcos está fora de campo. Aos 22 anos, o mariliense vive a incerteza que é ser jogador de futebol. Após período parado devido à pandemia de coronavírus e a negativa do Próspera, o jogador se viu em depressão, sem vontade de comer nem levantar da cama.

“Até que entendi que não poderia continuar assim. Precisava ajudar em casa, precisava trabalhar. Entrei no YouTube e pesquisei ‘como faturar uma graninha extra’, então vi que algumas pessoas vendiam cheirinho para carro. Pensei: ‘É isso, vou tentar’”, conta ao UOL Esporte.

“Peguei R$ 50, comprei os produtos. No mesmo dia, fiz alguns e consegui vender 20 vidrinhos. Faturei R$ 200. Comecei a testar fórmulas para chegar ao cheiro certo, o que me agradava. E deu certo. Não sinto nem um pouco de vergonha do meu trabalho”, afirma.

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