Relator da PEC do voto impresso quer criar CPI para investigar urnas eletrônicas

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Foto: Reprodução/ Redes sociais

O relator da PEC (proposta de emenda à Constituição) que determinava a impressão dos votos das urnas eletrônicas, deputado Filipe Barros (PSL-PR), afirmou nesta quarta-feira (11) que, embora ela tenha sido rejeitada pelo plenário da Câmara na terça-feira (10), o placar o surpreendeu positivamente.

O deputado está recolhendo assinaturas para criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a segurança das urnas eletrônicas. De acordo com ele, 60 deputados já apoiaram. São necessárias 171 adesões.

“Esperávamos uma votação semelhante à que foi realizada na comissão especial, com uma proporção pequena para o nosso lado, e acabou sendo muito maior do que esperávamos”, disse ao chegar ao Palácio do Planalto nesta tarde. Ele disse a jornalistas que foi tratar sobre a liberação de emendas parlamentares a que tem direito, mas que disse que tentaria falar com o presidente Jair Bolsonaro se ele estivesse disponível.

Segundo Barros, a dúvida sobre a lisura das urnas tomou as ruas e é suficiente para que o tema continue sendo debatido pela sociedade.

Foram 218 votos contra, 229 a favor e uma abstenção na votação da proposta. PECs, como a do voto impresso, só são aprovadas se tiverem o apoio de ao menos 308 deputados em 2 turnos. Quando o número não é atingido na 1ª rodada, não é necessária nova votação.

“Mostramos que somos maioria da Câmara e, acima de tudo, mostramos que ganhamos as ruas”, disse. Para o deputado, o resultado mostrou que o assunto não está “enterrado” e que eventual aprovação da proposta “é questão de tempo”.

“Não foi agora, mas vai ser no futuro”, disse.

Para Barros, o placar da votação de 3ª feira (10.ago) mostra que é possível chegar ao apoio necessário para se instalar a CPI.

“É o nosso foco agora. Se fomos incluídos no inquérito das fake news por supostamente termos falado mentiras sobre as urnas, nada mais correto e justo do que o próprio Congresso abrir investigação para saber quão vulnerável nossas urnas são e fazer um amplo debate com a sociedade”, disse.

Entre bolsonaristas, há a tentativa de se retomar no Senado uma PEC que também trata do assunto e já foi votada pela Câmara. Barros, no entanto, acredita que os senadores não devem apoiar a medida.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou na última 6ª feira (6.ago.2021) que as eleições de 2022 serão com o sistema eletrônico de votação e que a impressão dos votos não deve ser aprovada pelo Congresso.

Poder 360

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