Rio descarta lockdown, suspende aulas e abre shoppings por 24h para evitar aglomeração

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Foto: Tania Rêgo/Agência Brasil

O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), e o prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella (Republicanos), reuniram-se na manhã desta sexta-feira e anunciaram que o combate à pandemia se dará por meio do aumento do número de leitos em hospitais públicos e fiscalização dos protocolos sanitários.

Apesar da alta nos números de casos e mortes de covid-19 nas últimas semanas, eles descartam, por ora, qualquer reversão na flexibilização do isolamento social ou fechamento de comércio e serviços.

Crivella e Castro anunciaram que os shopping centers do Rio de Janeiro terão autorização para funcionar 24 horas por dia daqui para frente, a fim de “evitar pressa” nas compras e aglomerações com o aumento do fluxo de consumidores perto do Natal e do Ano Novo.

Segundo Castro, esse regime de funcionamento pode perdurar depois das festas de fim de ano, até o fim da pandemia. Eles não informaram, no entanto, como ou se o fluxo de pessoas em centros comerciais será controlado – para evitar concentração de pessoas no mesmo horário.

Crivella também afirmou que, por recomendação do Ministério Público Estadual (MP-RJ), suspenderá as aulas nas escolas públicas da capital. Também disse que, no dia 31, véspera do Ano Novo, o metrô da cidade funcionará apenas até as 20h.

O governador em exercício informou que, em todo o Estado, a reação ao aumento dos casos de covid-19 será combatido primordialmente com aumento do número de leitos em hospitais públicos, maior transparência dos dados, fiscalização do protocolo sanitário e conscientização da população por meio de campanha publicitária.

“Estamos trabalhando em quatro pilares: maior transparência dos dados; abertura de leitos; fiscalização, que já começou no final de semana passado; e conscientização da população com campanha publicitária e apelo à cadeia produtiva”, disse Castro.

Segundo ele, serão abertos 386 novos leitos, sendo 314 de terapia intensiva (UTI). Castro reconheceu que errou ao minimizar o problema das filas por leitos no Estado, mas disse que há espaço para abertura de vagas na rede do sistema estadual e municipal.

“A pandemia não foi embora, vivemos um ano de prejuízos incalculáveis. Precisamos que a cadeia produtiva, os shoppings, mercados, restaurantes e transportes, para que não haja retrocesso, promovam o distanciamento, o uso da máscara, álcool gel e sanitização”, continuou.

Com relação à vacinação, Castro prometeu que o Estado não ficará para trás e que, em caso de atraso nas políticas do governo federal, comprará suas próprias vacinas.

Em sua fala, Crivella atribuiu a alta de casos ao processo eleitoral, que teria gerado aglomerações pela capital e o restante do Estado. Um agravante, disse, teria sido amida massiva de fluminenses às praias em finais de semana.

Valor Econômico

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